Discovery sinaliza investimentos em conteúdo, tecnologia e plataformas no Brasil

Os resultados da Discovery no Brasil em 2018 foram positivos, apesar da crise econômica que reflete pesadamente no setor de TV por assinatura. Em evento para parceiros e imprensa, Fernando Medin, presidente da Discovery Latin America, elencou mudanças em nível global no grupo que impactam direta ou indiretamente no Brasil, destacando a aquisição da Scripps, que no Brasil já operava com o canal Food Network e no licenciamento de conteúdos. "A Scripps nos colocou, na América Latina, em posição muito privilegiada. Hoje temos muito conteúdo para 'poucos' canais", diz. "É o território onde menos disputa existe (nos gêneros lifestyle e realidade). Somos hegemônicos", completa.

Segundo Medin, as marcas da Scripps não serão lançadas na América Latina como canais lineares, mas podem chegar por outras plataformas, como VOD.

Inovação

O executivo conta que o grupo vem e segue investindo em inovação na região, com olhar sobretudo para a publicidade e distribuição. Segundo ele, em 2019 chegarão soluções para VOD, inserção dinâmica de publicidade e o aproveitamento de set-top boxes endereçáveis em parceria com as operadoras. Além disso, a empresa vem investindo em novas formas de métrica. "Medimos a velocidade do cavalo na idade dos jatos", brincou.

Já o vice-presidente de vendas publicitárias da Discovery Networks no Brasil, Roberto Nascimento, destacou que o desafio em 2018 foi transformar a relação com anunciantes e agências para que o grupo seja reconhecido como parceiro estratégico. Este ano o grupo investiu no projeto Blink, que reuniu 27 jovens mídias de agências para "entender como se relacionar com eles".

Além disso, a programadora criou os espaços de conversa Discovery Talks, no qual reúne agências e anunciantes para uma troca sobre temas relevantes para as marcas.

Por fim, conta que o licenciamento das marcas da Discovery está mais próximo do comercial, para envolver marcas próprias e as dos parceiros para trabalhar juntos.

Entre os novos produtos que chegam em 2019, a vice-presidente de afiliadas da Discovery, Alessandra Pontes, elencou o Discovery Kids ON, Fun English With Doki e DK Inglês, com conteúdo voltado ao público infantil, e do Discovery VOD UNQ, nova plataforma de serviços on-demand.

Segundo ela, 2018 "não foi o melhor ano da tv por assinatura, mas conheçamos a ver sinais de estabilidade". Mesmo assim, a programadora cresceu em distribuição e audiência no Brasil. Discovery Home & Health, TLC, Animal Planet, Investigação Discovery, Discovery Turbo, Discovery Science e Discovery Civilization cresceram em distribuição. O Foood Network, que entrou ao conjunto de canais distribuídos pela Discovery após a aquisição da Scripps, cresceu em 20% na nova empresa. Apesar do bom resultado em meio à crise, Pontes é otimista: "Melhorando a economia, vamos melhorar também".

Conteúdo

A vice-presidente de conteúdo, Mônica Pimentel, levou ao evento os dados de audiência, bem como e as novidades em conteúdo previstas para 2019. Segundo ela, Discovery Networks teve três entre os dez canais mais assistidos na TV por assinatura durante 2018: Discovery, Discovery Home & Health e Discovery Kids. O Discovery foi o terceiro canal mais assistido em toda a TV por assinatura.

No Now, serviço VOD da Net, as produções do canal contabilizam mais de 200 milhões de visualizações em 2018.

Segundo Mônica, foram exibidas ao longo do ano mais de 200 horas de produções locais no conjunto de canais Discovery. Para o próximo ano, a programadora investe em temáticas como o faça-você-mesmo, a onda makers, beleza, sustentabilidade e aventura. Está prevista ainda a continuidade das parcerias com canais de TV aberta.

Entre os novos conteúdos nacionais estão "Charlie Show", nova série de animação produzida pela TV PinGuim, no Discovery Kids. Além desta, estão "Menos É Demais", "Batalha dos Confeiteiros", "Fábrica de Casamentos", "Bake Off Brasil", Masterchef" e as inéditas "Batalha Makers Brasil", "Crimes.com" e "Prova de Noiva"

No canal Discovery estão previstas super-produções internacionais como "Why We Hate", produzida por Steven Spielberg, e "Dynasties", da BBC Earth com narração de David Attenborough.

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