Telaria completa dois anos no Brasil gerenciando publicidade em vídeo premium

Atuante no mercado de TVs conectadas, a Telaria nasceu como uma empresa de tecnologia especializada no gerenciamento de vídeo premium. "Oferecemos duas tecnologias aos nossos clientes. Uma delas funciona, na prática, como uma plataforma de fornecimento, ou seja, ajuda editores ou produtores de conteúdo de vídeo a reunir e vender programaticamente seu inventário de vídeo. A outra é um servidor de anúncios já otimizado para TVs conectadas, que possibilita a gestão tanto das campanhas programáticas quanto das vendidas diretamente, otimizando indicadores de performance definidos pelo cliente", explica Rafael Pallarés, general manager da Telaria na América Latina.

De passagem pelo Brasil, Steve Kondonijakos, vice-presidente de markerting da Telaria, junto com Pallarés, conversou com  com este noticiário e descreveu o trabalho da Telaria da seguinte forma: "Nós ajudamos os clientes a gerenciar e gerar receita com seu inventário premium de vídeos, ou seja, ajudamos as empresas que produzem conteúdo de vídeo a incluir publicidade nesses vídeos, sempre associada ao conteúdo. Permitimos que essas empresas agrupem e mostrem seu conteúdo de vídeo para quem compra espaços para exibição de anúncios." Kondonijakos conta ainda que, com as TVs conectadas e Smarts, passa a ser possível fazer mídia programática nos canais tradicionais. "Pela nossa plataforma, as pessoas podem comprar slots de anúncios como em qualquer tipo de inventário de vídeo", afirma, acrescentando que eles trabalham com TVs, desktop e dispositivos móveis – e que vem desses dois últimos a maior parte das receitas da Telaria em todas as regiões do mundo.

Baseada em Nova York, a empresa também está presente na América do Norte, na América Latina, na Oceania, na Ásia, na Europa, na África e no Oriente Médio. "O braço no Brasil foi fundado em 2016 e é a partir dele que administramos o negócio em todo a América Latina. O próximo passo é expandir para outros destinos do continente, sendo o principal foco o México, onde já estamos propondo algumas parcerias", revela Pallarés. "Também queremos crescer na Argentina, no Chile e na Colômbia." Atualmente, são 13 os escritórios da Telaria ao redor do mundo. Entre os principais clientes globais, estão o Hulu, o Dish Network, a FOX, a A&E, a BBC e a Warner. Já no Brasil, os nomes de destaque são a Globo e o UOL.

Diferenciais e concorrentes

"O que nos diferencia é que somos 100% focados em vídeo. Além disso, somos uma plataforma especializada em vendas, uma Supply Side Plataform (SSP)", explica Steve. Ele continua: "Existem outras empresas com diferentes modelos de negócios que também possuem soluções de vídeo SSP. Por exemplo, o Google, a SpotX e a AppNexus. Mas existem apenas cinco empresas que têm tecnologia suficiente para serem integradas com 40 plataformas de compra em escala global como nós somos."

Além disso, o vice-presidente ressalta que a Telaria atua apenas no ramo de tecnologia, e não também no de mídia, o que evita conflitos. "Se uma empresa é tanto de tecnologia quanto de mídia, ela licencia a tecnologia para outro publisher ao mesmo tempo em que está concorrendo com esse publisher, porque também é de mídia. Temos concorrentes que fazem as duas coisas, o que pode causar conflitos", opina.

A transparência é outro ponto enfatizado pelos executivos quando falam das vantagens da Telaria perante às concorrentes. A empresa é certificada por uma auditoria independente que reforça três pontos: nenhuma arbitragem é escondida em qualquer deal de transação, o compartilhamento de receita é calculado corretamente para os publishers e o preço final de venda dos bidders é calculado corretamente. "Todos os dados que temos em nossa plataforma ficam conosco. Somos independentes e, por isso, não compartilhamos essas informações com mais ninguém. Atualmente, transparência, confiança e segurança são pontos que chamam a atenção dos clientes, porque podem se tornar grandes problemas", afirma Steve.

Foco no conteúdo premium

A Telaria trabalha exclusivamente com produtores de conteúdo premium. "Sentimos que, a longo prazo, poderemos nos destacar graças à combinação da nossa tecnologia e do conteúdo premium dos nossos parceiros", defende Kondonijakos. Sobre o que define se o conteúdo que um cliente produz é premium ou não, ele discorre: "O conteúdo é de qualidade em termos de conteúdo e de imagem? É seguro? É um ambiente onde os anunciantes querem estar? Além disso, como é o público? Ele é atrativo e valioso para os anunciantes?"

Análises e futuro

A Telaria aposta nos anúncios cada vez mais integrados ao mercado de vídeo – e Pallarés prevê que eles serão a base do mercado no futuro. "No Brasil, já estamos acostumados ao streaming por causa da Netflix e do YouTube e vemos cada vez mais emissoras e players menores lançando seus aplicativos, como a Globo e a Record. Acreditamos que, eventualmente, a maior parte dessas empresas terá modelos baseados em anúncios. Mesmo as que possuem modelos de assinatura não tirarão deles receitas suficientes para pagar todo o investimento em produção. Até a Netflix já está flertando com a adição de publicidade à plataforma", afirma.

Para acompanhar o crescimento e a mudança do setor, a Telaria criou um setor interno de estudos e análises do mercado. "Nós temos, em Nova York, um Head of Insights que comanda uma equipe de pesquisas originais, da nossa empresa ou desenvolvidas em parceria com clientes. Nos últimos dois anos, por exemplo, desenvolvemos um estudo geracional junto com o Hulu", conta Steve. Os insights desses estudos estão disponíveis online – não só para os clientes, mas também para o público em geral. Alguns dos temas são: "O que você precisa saber sobre TVs conectadas", "Geração Z" e "Oportunidades globais do mercado de TVs conectadas".

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