Conteúdo nacional em canais de espaço qualificado chega a 18%, sendo 11% independente

Informe Anual da TV Paga mostra consolidação da programação brasileira

A Ancine publicou no Observatório do Cinema e do Audiovisual o Informe Anual da TV Paga 2017, que apresenta a participação dos diferentes tipos de obras audiovisuais nas grades de programação do segmento, especialmente das produções brasileiras.

Dos 214 canais ativos, 101 são canais de espaço qualificado, que tem obrigações específicas quanto à veiculação de conteúdo brasileiro e brasileiro independente, e 19 são canais brasileiros de espaço qualificado, que tem obrigação de veicular programação brasileira aumentada. Nesses canais, as obrigações de veiculação de obras brasileiras recaem no horário nobre (3h30 por semana), e é justamente nessa faixa horária que a programação brasileira encontra maior espaço, ocupando 29,4% nos canais não infantis e 28,9% nos canais infantis.

Em 2017, as obras brasileiras ocuparam 17,7% das horas de programação dos canais de TV paga, sendo 10,9% de conteúdo independente. Considerando apenas os canais de programação qualificada esse percentual sobe para 21,3%. Nos canais de espaço qualificado – em que o mínimo legal de programação é de 2,1% para obras brasileiras – o índice de veiculação de conteúdo nacional foi de 8,1%. Em 2011, antes da Lei da TV Paga, nesses canais havia uma programação de apenas 1% de conteúdo brasileiro.

Com relação à tipologia das produções nacionais, as ficções e documentários correspondem à maioria dos títulos brasileiros veiculados em 2017 (68,5%). Já em horas programadas, essas obras representam 52,6% das horas de programação brasileira e 54,1%, considerando apenas o horário nobre.
O Informe, realizado pela Coordenação de Monitoramento de TV Paga da Superintendência de Análise de Mercado, está disponível no site do OCA – Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual.

2 COMENTÁRIOS

  1. Além de conteúdo internacional na TV a cabo, podemos ver coisas brasileiras, que bom! Cotas existiram até os anos 90 no mercado americano para os conteúdos americanos, existem até hj no mercado Frances para conteúdo Frances, o mesmo para o Canadá, China, Korea. Eles aprenderam a fazer e dominam o mundo com o soft power. Está na hora do Brasil mostrar que tem qualidade, sabe também dominar as narrativas, experienciar – vai errar e acertar (é obvio) – e mostrar ao mundo suas produções. Parabéns!!

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