Levar fibra a todos os domicílios não é o melhor caminho, diz SindiTelebrasil

Para o SindiTelebrasil, levar a fibra ótica a todos os domicílios como fez alguns países como o Japão e a Coreia não é  o melhor caminho para o Brasil. “Fibrar todo o País, claro que seria ótimo, mas seria essa a prioridade? Quanto se paga para colocar essa fibra na casa do cliente? Há demanda para isso?”, questiona o presidente-executivo do SindiTelebrasil, Eduardo Levy.

Levy não dirigiu a sua crítica a nenhum plano específico, mas, conforme vem sendo noticiado pela imprensa, o governo pretende levar as redes FTTH (fibra até a casa do usuário) a todas as cidades com mais de 100 mil habitantes, além de expandir o backhaul em fibra para todos os municípios.

“As pessoas não precisam e não querem. Temos que fibrar áreas de grande concentração. Não adianta ir contra a maré e fibrar 100% do País. A população quer mobilidade”, completa Levy. Segundo ele, um plano para fibrar um país como o Brasil ultrapassaria a casa dos R$ 200 bilhões, sendo que as empresas aplicam mais ou menos R$ 30 bilhões por ano.

Em vez de fibrar o país todo, a sugestão do sindicato, já apresentada no estudo “Brasil Digital Inovador e Competitivo 2015-2022” é ampliar a cobertura da banda larga móvel e direcionar os recursos em serviços e aplicações capazes de aumentar o bem estar da população. “As pessoas mais humildes ficam horas em filas, há filas para tudo. Isso pode ser resolvido pela tecnologia”, afirma Levy.

“Para nós caiu a ficha. Crescemos muito na banda larga móvel, não vamos cometer o mesmo erro da LGT (Lei Geral de Telecomunicações), que colocou o STFC (telefonia fixa) como a coisa mais importante do mundo e, pouco tempo depois, ninguém mais quer saber”, analisa ele. Levy lembra que a próxima geração da banda larga móvel, o 5G, vai entregar 1 Gbps.

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