Dólar pode ainda não estar no pico

A contar pela experiência observada nas desvalorizações monetárias dos últimos 17 anos (inclusive a da América Latina de 1982, as da Inglaterra e Suécia de 1992 e as da Ásia em 1997), o pico da alta do dólar pode ainda não ter sido alcançado no Brasil. De acordo com análise do Lloyds Asset Management (LAM), em todas as ocorrências do período houve overshooting (flutuações bem acima daquelas imaginadas inicialmente), com pico mais freqüente entre o terceiro e o quinto mês.
Ainda de acordo com a LAM, o repasse da alta do dólar para os preços domésticos variou de 6% (Inglaterra em 1992) a 40% (México em 1982 e 1994). No caso recente da Coréia, por exemplo, para uma desvalorização que acabou sendo de 50% (o pico do overshooting foi de 120%), o repasse foi de apenas 14%. Para o Brasil, a expectativa é de um repasse de 30%. Ou seja: como o Lloyds estima uma estabilização do dólar em algo entre R$ 1,70 e R$ 1,80, a inflação de 1999 ficaria entre 12% e 15%.

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