Não há compradores brasileiros para a Manchete

Fonte de primeira linha, envolvida na estruturação da venda da Manchete, acredita que só haveria uma solução viável para a venda da rede se o mercado de televisão fosse "aberto parcialmente" para o capital estrangeiro. "Nenhum dos grandes grupos brasileiros sérios do setor está com caixa ou com interesse estratégico na compra da Manchete", disse a fonte, desfiando uma a uma a situação da Globo, SBT, Record e Bandeirantes, já bem implantadas nos mesmos terrenos. "Restaria a RBS, que não tem interesse em mudar os rumos de sua aliança com a Globo, e a CNT, que não tem bala para comprar a Manchete".
Alto executivo da Rede Globo acha que as dificuldades em encontrar um comprador nacional de peso para a Manchete acabará favorecendo a abertura do mercado para grupos estrangeiros. Aliás, com o apoio da própria Globo, do SBT e da Bandeirantes, que poderiam realizar as alianças estratégicas com grandes grupos do México e Estados Unidos. "O SBT tem engatilhado um processo de negociação muito avançado com a mexicana Televisa e a Globo está desenvolvendo relações muito estreitas com o grupo de Rupert Murdoch", explica a fonte, lembrando que essas empresas estão associadas no projeto Sky. É pouco provável, contudo, que a entrada de grupos estrangeiros no broadcasting possa ocorrer a tempo de salvar a Manchete. A entrada de capital externo depende de emenda constitucional.

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