Última temporada de "O Negócio" estreia em mais de 50 países e amplia visibilidade de séries brasileiras no exterior

Por conta da crescente audiência ao longo das três temporadas da série brasileira "O Negócio", da HBO, a quarta e última temporada da atração terá estreia simultânea em mais de 50 países da América Latina e Europa, além dos Estados Unidos, no dia 18 de março, domingo. No Brasil, o primeiro episódio da leva final será exibido no canal a partir das 21h. Na plataforma digital, a HBO GO, a estreia acontece ao mesmo tempo da TV linear, e o primeiro episódio da primeira temporada estará aberto para não assinantes da plataforma.

Os 12 programas finais trazem o desfecho da história de Karin (Rafaela Mandelli), Luna (Juliana Schalch), Magali (Michelle Batista) e Mia (Aline Jones). Enquanto Karin planeja a publicação de um livro contando a sua trajetória, as garotas e Ariel (Guilherme Weber) precisam, finalmente, contar a verdade para as suas famílias a respeito de suas profissões. A trama então traz à tona questões familiares rodeadas de temas que o público já está acostumado a ver no seriado, como drama, romance, sexo e alguns insights de comédia. Para a atriz Aline Jones, o final da série será feliz, sim, mas diferente dos finais felizes clichês. "É um final feliz dentro dos ideais de felicidade da mulher moderna", define a intérprete da personagem Mia.

Após quatro temporadas e 51 episódios gravados, recorde entre as produções brasileiras para o canal, o vice-presidente de Produções Originais da HBO Latin America, Roberto Rios, relembra o início do envolvimento da HBO com a atração: "Tenho o roteiro em casa até hoje e lembro que o que mais chamou minha atenção foi a originalidade do roteiro. Por mês, recebemos entre 20 e 30 projetos da América Latina inteira e alguns países de fora e, quando chega algo desse tipo, obviamente se destaca. Não há nada de semelhante no mercado. É uma série protagonizada por mulheres e que mistura gêneros, como drama, comédia, romance. É isso que a HBO quer: humor com inteligência, entretenimento com conteúdo.".

É evidente que "O Negócio", sucesso de audiência dentro e fora do Brasil, pode impulsionar a comercialização de séries brasileiras fora do país, além de incentivar o próprio mercado nacional. A esse respeito, Rios, que também é um dos produtores, afirma: "Há 8 anos já sabíamos que 'O Negócio' impulsionaria o crescimento das produções brasileiras. Além de chamar atenção pela qualidade, ela tem a questão da longevidade, mostra que as séries brasileiras podem ir mais longe em números de temporadas e episódios.".

Os diretores do seriado, Michel Tikhomiroff e Julia Jordão, experimentaram também um modelo de negócio diferente do padrão brasileiro: essa é uma das poucas séries que todos os episódios tiveram os mesmos diretores do começo ao fim, e por tanto tempo. Dentro da Mixer, que é uma das produtoras da série, esse foi o primeiro projeto no qual isso aconteceu.

Para a dupla, em termos de direção, "O Negócio" contou com a mesma linguagem, bastante específica, do começo ao fim. "Ao longo das temporadas fomos aprimorando esse trabalho e entendendo esse padrão. Por exemplo: usamos câmeras no tripé ou na mão. Para cenas das meninas com clientes, usamos a câmera no tripé, que imprime uma forma mais elegante e clássica. Já nas cenas no escritório, usamos a câmera na mão. Vamos mesclando essa linguagem. É uma diferença sutil, mas no fim faz sentido.", explica Tikhomiroff.

Gabriel Godoy, que interpreta o Oscar na série, enxerga com otimismo o legado deixado por "O Negócio": "Para os atores, ele abre um caminho novo. No Brasil, ainda não é tão comum ficarmos tantos anos com um mesmo personagem. Podemos aprimorar o trabalho e crescer tanto pessoal quanto profissionalmente. A série mostra que é possível ir mais longe para os produtores e também para os atores".

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