Elétricas querem vincular aluguel de postes ao serviço

Não são poucos os relatos ouvidos no mercado de casos de negociação de aluguel de postes. Ao que parece, os dois principais problemas nas negociações com operadoras de TV a cabo continuam sendo preço e condições contratuais. Do ponto de vista de preços, o problema detectado por alguns operadores é que parece haver um impulso das concessionárias de energia elétrica para definição de um valor único. Nas condições contratuais, o problema tem sido fundamentalmente a exigência de que pelos cabos sejam transmitidos apenas sinais de TV. Caso outros serviços sejam oferecidos, os valores teriam que ser renegociados. Os operadores ouvem das elétricas que poste é como aluguel de imóvel: se for comercial é um preço, residencial é outro. É uma metáfora para condicionar o preço ao uso. Segundo fontes do setor elétrico que atuam nas áreas de telecomunicações destas empresas, houve há alguns meses uma tendência para que fossem definidos preços únicos pelo uso dos postes. Estes preços girariam na casa dos R$ 2,50. Mas as próprias empresas concessionárias de energia e donas dos postes notaram que seria impossível praticar uma tarifa única e hoje a tendência é negociar cada caso em função das realidades locais. Segundo as mesmas fontes, está praticamente descartada entre todas as elétricas a possibilidade de contratos com participação no faturamento, já que isso também implicaria uma participação nos lucros, mas as distribuidoras acreditam que não seja possível fechar acordos de uso de postes sem condicionar os valores aos serviços a serem oferecidos, o que confirma a queixa dos operadores de cabo.

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