Plataforma Gente lança estudo inédito sobre diversidade

A Globosat apresentou oficialmente nesta terça-feira, 13 de novembro, o mais recente estudo feito pela plataforma Gente. "Respeito às Diferenças", produzido em parceria com o Studio Ideias, é o primeiro sobre o tema e leva gratuitamente ao mercado e ao público importantes dados obtidos a partir de pesquisa qualitativa com brasileiros.

"É um tema necessário e a pesquisa se apresenta como um ponto de partida, um conjunto de referências. Não é um estudo conclusivo, ele abre portas para falarmos ainda mais sobre o assunto.", declarou Mariana Novaes, gerente de marketing corporativo da Globosat, durante evento promovido para apresentar o estudo nesta terça.

De imediato, a pesquisa identifica que o tema está cada vez mais presente na vida das pessoas – no Google, a busca pelo termo "diversidade" cresceu 30% no último ano. Isso porque, de acordo com o estudo, neste período a minoria ganhou mais voz, o fluxo de pessoas aumentou e as identidades, que já vinham mudando, seguem esse percurso. Mas ao mesmo tempo que o interesse pelo assunto cresceu, a resistência diante dele também. No Brasil, por exemplo, há consciência sobre diversidade, mas a maioria das pessoas ainda não lida bem com ela. Alguns dados importantes: o Brasil é 7º país do mundo na lista dos mais intolerantes; 62% dos entrevistados reconhecem que a intolerância aumentou e 45% se dizem mais intolerantes hoje.

Outro resultado alarmante mostra que a internet, que é o principal palco para a mobilização em torno do assunto, começa a dar sinais de desgaste com "bolhas" excessivamente violentas, afastamento gradual e crescimento da apatia. A pesquisa mapeou e nomeou quatro elementos que ajudam a ocultar os preconceitos dos brasileiros e reforçam a intolerância à diversidade: "Cada um com seus problemas", que se refere à identidade nacional em crise e a vergonha que 47% da população tem de ser brasileira; "É só uma brincadeira", que explica que os ataques ainda acontecem de forma velada, travestidos de humor; "Tamo junto", que identifica que temos diferentes engajamentos em relação às diferenças; e "Não tô entendendo", tópico que revela que um mesmo conceito – como respeito, preconceito, igualdade – pode ter interpretações diferentes dependendo de como a pessoa pensa e fala.

Por fim, a pesquisa conclui que as pessoas ainda não têm plena consciência de seus atos – enquanto 83% se dizem não preconceituosos, 72% assumem já terem feito algum comentário preconceituoso – e entende alguns caminhos para começar a solucionar a questão. Seriam eles: dar luz à violência que as minorias sofrem, garantindo assim visibilidade aos problemas para corrigi-los; naturalizar as diferenças; entender a diversidade como uma potência de encontro de diferentes, e não ponto de conflito; e, por fim, tratar o tema com comprometimento e consistência.

Metodologia

A realização da pesquisa contou com análises de estudos nacionais e internacionais, matérias, livros e artigos acadêmicos sobre o tema. Além de conversas com os especialistas Marcos Faustini e Mariane Maciel foi feita uma pesquisa qualitativa imersiva com 16 pessoas com perfis bem antagônicos dentro do tema. A coleta dos dados aconteceu entre maio e julho deste ano. Todo o material foi analisado por um time diverso e multidisciplinar composto por sociólogas, publicitários, jornalistas, youtubers e psicanalistas.

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