Apro manifesta preocupação com vetor econômico da cultura

A Apro, associação das produtoras audiovisuais, manifestou preocupação com o destino das políticas que enxergam a produção cultural como vetor de desenvolvimento econômico, após a definição da extinção do Ministério da Cultura e a incorporação de sua estrutura ao MEC.

Segundo a associação, o setor é fundamental na reconstrução da matriz econômica, não apenas pela geração de receitas que traz, mas também por sua função estratégica para o país.

Leia abaixo a íntegra do comunicado:

"A sociedade também quer cultura

A economia criativa, muita representada pela cultura, em especial pelo audiovisual, vem crescendo no mundo de forma geométrica. Em mercados mais maduros, como Alemanha, já representa 10% do PIB.
O Brasil está ou estava trilhando este caminho. Daí a preocupação manifestada pelo setor em relação ao Ministério da Cultura.
Não é hora de atrofiar a gestão do setor, não é hora de fragilizar os empreendedores culturais e muito menos é hora de pensar pequeno. Muito pelo contrário, o Brasil precisa reconstruir a sua matriz econômica, não somente pela sua importância, enquanto geradora de negócios e sonhos do povo brasileiro, mas também pela sua função estratégica. Ela 'eleva o sarrafo' da marca Brasil e influencia os consumidores do Brasil e do exterior para consumir serviços e produtos fabricados pelas outras indústrias brasileiras.
A indústria cultural, além de limpa e altamente geradora de emprego, cria esperança e perspectiva para milhões de jovens. O Brasil, por sua formação etnológica, reuni muitas culturas, talentos e criatividade.
Privilegiar, priorizar e tratar com relevância à cultura é acima de tudo proporcionar cidadania ao ser humano. O povo brasileiro se sente inserido verdadeiramente na classe C , quando tem acesso e pode consumir produtos culturais. Portanto, o novo governo brasileiro não pode recuar, não deve desprestigiar e muito menos desestimular os agentes, os produtores e os artistas que pensam, trabalham e vivem da cultura.

Paulo Roberto Schmidt
Presidente da APRO – Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais"

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