Spcine apresenta balanço dos dois primeiros anos

O presidente da Spcine, Alfredo Manevy, fez um balanço da empresa de desenvolvimento do audiovisual na cidade de São Paulo durante o Encontro Spcine, nesta quarta, 16. A Spcine completa dois anos de atuação em dezembro. O encontro, explica Manevy, não é apenas uma celebração, mas também uma oportunidade de apontar caminhos a serem percorridos pela empresa pública.

"A Spcine é parte de uma história maior do que ela. O desejo da criação de uma empresa responsável pelo desenvolvimento do cinema e do audiovisual na cidade tem 20 anos", diz Manevy. Segundo ele, o papel desempenhado pela Spcine no desenvolvimento do audiovisual da cidade a coloca no mesmo nível de importância de iniciativas fundamentais para criação da indústria existente hoje, como a criação da Vera Cruz, da Cinemateca Brasileira e do curso de cinema da USP. "Faltava uma instância articuladora, capaz de cumprir um papel do trabalho conjunto dos setores do audiovisual", completa. "Mesmo países de tradição mais liberal têm uma presença forte do estado como articulador e fomentador do audiovisual", disse ainda o presidente da Spcine, destacando que a film commission da Califórnia, por exemplo, investe US$ 800 milhões por ano.

Desde a sua criação, a Spcine investiu R$ 36 milhões, através de editais, em novos filmes, séries, games e animações; R$ 1o,4 milhões em eventos e projetos especiais; e R$ 9,5 milhões no Circuito Spcine de salas de exibição, sendo R$ 2 milhões em operação e o restante em infraestrutura.

Para 2017, a prefeitura incluiu no orçamento municipal um aumento de capital na Spcine de R$ 15 milhões. A empresa, vale lembrar, foi criada com um capital social de R$ 25 milhões, aportado pelo município. Além disso, está no orçamento enviado aos vereadores um investimento de R$ 17,5 milhões em editais por parte da Secretaria Municipal de Cultura, e uma verba de R$ 2,5 milhões para a operação do Circuito Spcine.

Além do capital social, nestes dois anos a Spcine contou com recursos da Ancine para investimentos através do Fundo Setorial do Audiovisual (R$ 15,635 milhões), recebeu R$ 6 milhões através de um convênio com a Secretaria Municipal de Cultural, e outros R$ 21.039.895,30 em contrato de acompanhamento e metas.

Segundo Manevy, os recursos investidos no setor com o capital da Spcine são, necessariamente, retornáveis. "O retorno ainda é pequeno, mas mostra uma curva na direção correta. O retorno econômico também vem acompanhado de um retorno cultural", explica. Além disso, diz o presidente da Spcine, "muitos títulos paulistas tem cauda longa", ou seja, devem apresentar retorno em longo prazo.

Mais de 100 obras audiovisuais foram apoiadas pela Spcine, das quais  70 ainda não estrearam. "Já representa algo significativo (o volume de obras lançadas), mas vai trazer um impacto ainda maior no audiovisual paulista nos próximos anos", diz Manevy.

Circuito Spcine

O Circuito Spcine já conta com 18 salas de cinema – em 15 CEUs, dois centros culturais e uma biblioteca pública – e atingirá a meta de 20 salas até o final do ano. Com mais de 4 mil sessões, o circuito já contou com mais de 250 mil espectadores. "Já somos a maior rede metropolitana pública do mundo", comemora Manevy. "É uma política eficiente e barata. Custa R$ 5 milhões por ano. Nossa meta é alcançar público de um milhão ao ano", diz.

Das exibições, 45% foram de de títulos brasileiros. Entre os títulos estão, inclusive, blockbusters americanos. Os lançamentos chegam às salas do circuito na segunda ou terceira semana de exibição.

 

 

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