Globo e Vivo divergem quanto à TV no celular

A Globo e a Vivo têm posições conflitantes quanto à convergência entre TV e aparelhos celulares. A divergência ficou clara durante debate nesta quinta-feira, 18, no evento Tela Viva Móvel, em São Paulo.
A Globo acredita ser uma tendência natural o surgimento de handsets capazes de receber sinais de TV digital aberta. Mas essa recepção não utilizaria a rede de ERBs da operadora celular e o serviço seria gratuito, pois seria feita por um tuner próprio. "Assistir à TV diretamente no celular aumentará a interatividade do usuário com os programas televisivos. E essa interatividade, sim, usaria a rede celular e, portanto, geraria receita para as teles", explicou Fernando Bittencourt, diretor da Central Globo de Engenharia.
A Vivo não pensa da mesma forma. "Concordamos que haja uma convergência de conteúdo, mas não que o aparelho passe a receber gratuitamente sinal das TVs abertas", disse Omarson Costa, gerente de parcerias da Vivo. Até hoje, a decisão dos features que são colocados no aparelho passa pela operadora pois, de certa forma, é ela quem subsidia esse tipo de produto. "O nosso modelo é o da TV a cabo. Nós somos os provedores de rede, trafegamos conteúdo dos provedores de conteúdo e cobramos por isso", acrescenta Costa.
Bittencourt destacou que TV e celular são mídias complementares e a convergência no aparelho será benéfica para os dois lados. Por fim, lembrou que hoje já existe recepção gratuita de sinal de rádio em aparelhos e que já existem handsets no Japão que captam sinal de TV aberta.

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