Festival Internacional de Mulheres no Cinema acontece entre 4 e 11 de julho, em São Paulo

O Festival Internacional de Mulheres no Cinema acontece entre os dias 04 e 11 de julho, em São Paulo. Por meio de mostras competitivas de longas-metragens nacionais e internacionais dirigidos exclusivamente por mulheres, o "FIM" destaca a busca pela equidade de gênero na indústria cinematográfica brasileira – isto porque a presença feminina no segmento ainda é mínima. Dos 2583 títulos registrados na Ancine em 2016, 17% foram dirigidos por mulheres.

Esta primeira edição do festival é organizada pela Casa Redonda e a Associação Cultural Kinoforum. Com patrocínio da Avon, por meio do FAMA – Fundo Avon Mulheres do Audiovisual – e apoio do Sesc São Paulo e do grupo Mulheres do Audiovisual Brasil, o "FIM" terá programações no CineSesc e no Espaço Itaú Augusta.

Com curadoria de Beth Sá Freire, Juliana Vicente e Andrea Cals, a programação é dividida em três partes: mostras competitivas de longas-metragens dirigidos exclusivamente por mulheres; programas especiais que celebram a presença feminina por trás das câmeras e nas telas; e ações de formação.

Programação

A Mostra Competitiva Nacional reúne seis longas-metragens brasileiros exclusivamente dirigidos por mulheres e realizados nos últimos 18 meses, que foram selecionados por meio de inscrição no site do "FIM". Já a Mostra Competitiva Internacional traz seis longas estrangeiros que foram indicados pela curadoria, tendo apenas mulheres na direção e realização nos últimos 18 meses. O público votará ao final de cada sessão para eleger o longa favorito em cada mostra e as diretoras dos dois filmes vencedores receberão um prêmio de R$15 mil cada uma.

Entre os destaques das Mostras Especiais está o programa "Lute Como uma Mulher", que apresenta sete longas-metragens brasileiros, dirigidos ou codirigidos por mulheres, que abordam temáticas de resistência política, social, ambiental, cultural, econômica, racial e afetiva. Entre as obras selecionadas para essa parte da programação, está o documentário "Chega de Fiu Fiu", de Amanda Kamanchek e Fernanda Frazão, que traz à tona a campanha contra o assédio sexual em espaços públicos, acompanhando o dia a dia de três mulheres por meio de câmeras escondidas.

Já "O Fogo que não se Apaga" é uma homenagem a mulheres que dedicaram suas vidas pro?ssionais à sétima arte e que seguem produzindo obras inspiradoras. Esta mostra especial traz os longas-metragens mais recentes de Helena Ignez, Paula Gaitán, Helena Solberg, Beth Formaggini e Lucia Murat, além de "Amor Maldito", filme de 1984 com direção de Adelia Sampaio que foi o primeiro nacional a mostrar uma relação amorosa entre duas mulheres.

Por fim, a programação do Festival conta ainda com uma agenda de formação, com a realização de cursos e masterclasses no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, que fica no bairro da Bela Vista, também em São Paulo. A ideia é reunir mulheres ensinando e aprendendo com outras mulheres, em uma ação que terá participação de pesquisadoras, produtoras, distribuidoras, diretoras de fotografia e profissionais de outras áreas artísticas.

Seminário Internacional Mulheres do Audiovisual

No mesmo dia que tem início o Festival, 04 de julho, acontece também o "II Seminário Internacional Mulheres do Audiovisual", realizado pela Ancine e pelo Sesc São Paulo. A ideia do encontro é ampliar a conscientização quanto às desigualdades de gênero e raça no setor, por meio de apresentações de estudos e iniciativas que contribuem para a promoção da diversidade dentro e fora das telas, envolvendo cases na área de cinema, televisão e publicidade dentro e fora do Brasil.

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