Problemas financeiros atingem "residualmente" a Globo

A superintendente da Rede Globo, Marluce Dias, disse durante uma reunião com gerentes da empresa que os problemas financeiros por que passa o grupo atingem-no "apenas residualmente". O maior problema da rede, segundo ela, é a crise brasileira, que está provocando uma queda de faturamento. Quanto ao resto, "o próprio mercado vai perceber que temos um patrimônio de US$ 2 bilhões de bons investimentos". Essa declarações foram feitas, na semana passada, para um grupo de 30 gerentes que terminavam um curso de extensão ministrado pela PUC do Rio.
O que causou certa apreensão a alguns gerentes da Globo foi a declaração de Marluce Dias sobre o orçamento de 1999, feito com base em uma queda do PIB brasileiro próxima a 1%. Ela mesma teria dito que não quer "nem pensar" na possibilidade de a recessão ser maior que a prevista. A executiva estaria se referindo à necessidade de novos cortes de gastos, além daqueles que já foram processados em novembro de 98.
Para um gerente que queria saber dos riscos da concorrência estrangeira, Marluce Dias teria dito que a Globo já tem nas mãos todos os principais eventos que o público brasileiro quer acompanhar nos próximos cinco anos. O que inclui Copa do Mundo, Olimpíadas, Oscar, Fórmula 1, Brasileirão, contratos exclusivos com os grandes campeões de vendas da música brasileira e surpresas da virada do século.
Outra fonte da cúpula da emissora admite que o ano será difícil, mas revela que surpreendentemente o faturamento da emissora em janeiro e fevereiro ficou muito acima das expectativas iniciais.

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