Oi ainda não dá detalhes sobre as possíveis alternativas de reestruturação

Depois da fracassada tentativa de consolidação com a TIM, que aconteceria com auxílio de investidores russos, e diante de uma dívida bruta da ordem de R$ 55 bilhões ao fim do ano passado, a Oi segue em busca de alternativas financeiras e estratégicas para otimizar sua liquidez e seu perfil de endividamento. O CEO da companhia, Bayard Gontijo, reiterou, em teleconferência para analistas nesta quinta-feira, 24, a contratação da PJT Partners para prestar consultoria financeira e estratégica para a operadora durante esse processo. Por recomendação da sua equipe jurídica, o executivo preferiu não fornecer maiores detalhes sobre o assunto neste momento. Nas negociações com o fundo russo LetterOne para consolidação com a TIM a Oi havia sido assessorada pelo BTG.

Modelo de concessão é "antiquado"

O CEO da Oi comentou sobre a discussão de reforma do modelo de concessão de telecomunicações no Brasil: "Acreditamos que o modelo atual é antiquado e precisa ser atualizado. Há uma assimetria regulatória que atrapalha a competição e traz desvantagens para as concessionárias. Em outros países o regime de concessão é temporário, enquanto no Brasil já perdura 16 anos. Há estudos internacionais que mostram que a banda larga se desenvolve mais rápido em um modelo de autorizações em vez de concessões. A Oi tem o potencial de liderar esses serviços no Brasil."

Bayard espera que o governo tome uma decisão sobre o novo regime de concessão ainda neste semestre. Ele entende que a mudança seja essencial para atrair investimentos e para acelerar o desenvolvimento do setor de telecom.

O executivo demonstrou também confiança na aprovação do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) proposto à Anatel para trocar multas no valor de R$ 1,2 bilhão por investimentos em rede. No momento ele é discutido pelos conselheiros da Anatel. Se aprovado pela agência, será encaminhado para a avaliação do TCU.

2 COMENTÁRIOS

  1. Não sei se dá para acreditar no CEO da oi. Antigamente os investidores diziam que precisavam de segurança jurídica para investir, daí os prazos das concessões logos, que daria tempo para amortizar os investimentos e obter retorno. Agora dizem que autorizações é melhor, com prazos de concessões mais curtos. Vão ganhar dinheiro como?

    Esse negócio de trocar multas por TAC de investimento também é muito estranho, pois quem vai fiscalizar onde a operadora vai investir. Ode investir? Na periferia, interior, cidades médias? Me engana que eu gosto. Até hoje estou esperando a "fibra" da Oi em BH, pois informavam que estavam investindo…

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