Números da pirataria preocupam setores audiovisuais

Uma das preocupações da Motion Pictures Associantion (MPA) com a chegada da TV digital aberta é a pirataria, com a redistribuição do conteúdo veiculado digitalmente. Segundo o vice-presidente da MPA para a América Latina, Steve Solot, o conteúdo precisa ser codificado para que a pirataria não chegue à TV aberta. ?Se isso não acontecer, qualquer um poderá apropriar-se do conteúdo, passando-o para seu computador?, alerta.
A Globo e outras emissoras de televisão já manifestam intersse em encontrar soluções para o problema, até por temerem pirataria de seus próprios conteúdos.
O problema da pirataria foi discutido durante a Fiicav (Feira Internacional da Indústria do Cinema e Audiovisual), que acontece em São Paulo. Segundo André Barcellos, do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, do Ministério da Justiça, em 2005 foram apreendidas 33 milhões de mídias ilegais no Brasil. Carlos Alberto de Camargo, da Associação de Defesa da Propriedade Intelectual (Adepi), lembrou que 390 pessoas foram presas por realizar pirataria de produtos audiovisuais, somente no primeiro semestre de 2006.
Camargo diz também que pesquisa realizada pelo Ibope mostrou que 70% dos brasileiros que já compraram algum produto pirata, sabiam que estavam consumindo este tipo de produto. Ele afirma ainda que, embora a principal causa apontada para a pirataria seja o alto preço dos produtos, mais de 70% dos jovens que consumiram produtos piratas eram das classes A e B.
Segundo Barcellos, a pirataria (considerando-se também outros produtos que não só os audiovisuais), cresceu cerca de 32,8% de 2004 para 2005. Somente no primeiro semestre de 2006 foram comercializados em média US$ 28 milhões em mercadorias piratas no Brasil.

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