Interatividade: realidade ou futuro?

A interatividade já existe de fato na Internet? A resposta é sim, quando vem de um grande provedor de serviços na Web, como o Universo On Line(UOL), da Folha. Mas para os especialistas, como Arthur Steiner, diretor da Globocabo, que pesquisam soluções alternativas para os serviços interativos, a resposta é não. Esse embate foi a tônica do painel "Internet e serviços avançados: realidade ou fantasia?". No painel, Caio Túlio Costa, diretor do Universo On Line, salientou que é preciso acabar com o mito de que cada tecnologia que surge vem para ocupar o espaço de outra já existente ou até mesmo destrui-la, uma vez que nenhuma inovação tecnológica ou conceitual tem como propósito acabar com a anterior. "A Internet é spaceless e oferece uma gama de produtos bem maior, pois não está limitada como o jornal impresso". Além disso, acrescentou que o preço para estocar matérias digitalizadas é inferior se comparado àquele que depende do papel. Entre as vantagens: acesso à informação a qualquer momento e em tempo real e interatividade. Para Arthur Steiner, da Globocabo, a tendência é a dimensão do megabit. "A Internet ainda vai crescer, o que significa que passará por muitas transformações", afirmou destacando que "hoje a rede está limitada ao meio (linhas telefônicas) e precisa melhorar". A solução para Steiner está em sistemas que possibilitem maior velocidade e capacidade de transmissão (os fat pipes), incrementando a conectividade e a interatividade. Esta última, do ponto de vista de Steiner, ainda não existe de fato. Com a banda larga, possibilita-se de fato a multimídia e interatividade e, conseqüentemente, a criação de novas comunidades. No mesmo painel, Thomar Staniec, da Warner Cable, apresentou o serviço Road Runner que já possui uma arquitetura que permite melhor qualidade na Internet. Para Alexandre Annenberg, diretor geral da TVA Network, um ponto importante nesta nova mídia é definir primeiramente as receitas (publicidade, comissão, assinatura) e os custos (conteúdo, capital, operacional). Em segundo, o empresário deve-se questionar quanto o cliente está disposto a pagar e como se comparam as plataformas que estão sendo usadas. Annenberg explicou a estrutura do sistema da seguinte forma: numa ponta está o provedor de conteúdo e na outra a comunidade. Entre estes, o distribuidor de serviços (quais sejam: entretenimento, comércio eletrônico etc) e o tipo de rede (satélite, MMDS, cabo). Álvaro Pacheco Júnior, diretor regional da Next Level no Brasil, destacou que a questão principal a ser discutida com esta nova mídia é basicamente o conteúdo.

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