Representantes da indústria de telecom querem UIT atuando nas over-the-tops

Antes de começar a Assembleia Mundial de Normatização de Telecomunicações (WTSA-16, na sigla em inglês), da divisão de padronização da União Internacional de Telecomunicações (UIT-T), a operadora Tunisie Télécom promoveu um encontro no domingo, 23, entre executivos da indústria de telecomunicações, especialmente de países árabes e africanos. O objetivo era destacar demandas atuais do setor, como a importância da voz sobre LTE (VoLTE) e outras comunicações baseadas em pacotes de dados, além do caminho da banda larga com velocidades de gigabit por segundo (Gbps). Mas o principal pedido é o de regulação para nivelar teles e players over-the-top (OTTs) em serviços equivalentes.

Em comunicado, os representantes do setor dizem que as diretrizes proporcionadas por padrões internacionais relacionadas às OTTs "poderiam ser especialmente benéficas para operadoras de telecom em países em desenvolvimento, colocando-as em uma posição mais forte para competir internacionalmente e prover uma escolha abrangente de produtos e serviços de alta qualidade". Isso porque os executivos pedem que a UIT-T estude o impacto econômico dos serviços over-the-top nas operadoras e que desenvolvam "padrões internacionais e uma abordagem holística para endereçar o ambiente de mercado OTT". Querem que os grupos de estudo foquem em modelos de negócio viáveis e desenvolvimento de melhores práticas, além de "construir parcerias entre operadoras e provedores de serviço OTT".

O encontro pediu ainda colaboração a todos os stakeholders de TICs em endereçar desafios de segurança e privacidade introduzidos por serviços e aplicações OTTs. O argumento é que a segurança deve passar da abordagem baseada em sistemas para uma baseada em dados, solicitando a UIT-T um "papel mais ativo" na transição.

Em relação à Internet Gbps, o encontro ressaltou novas tecnologias baseadas em padrões da UIT, como o G.fast, G.hn, VDSL2 e redes óticas passivas, como NG-PON2. Também destacaram a união entre acesso fixo-móvel (Wi-Fi) e móvel para alcançar maior capacidade com menos gastos de rede. O setor quer que a UIT-T considere a inclusão dessas abordagens híbridas para o portfólio de padrões de acessos à banda larga, com redes agnósticas em tecnologias para pavimentar o caminho para sistemas 5G. Segundo as entidades presentes na reunião, novos serviços como realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) demandarão as velocidades que essas tecnologias podem entregar.

Entre os participantes estavam executivos das operadoras Deutsche Telekom (Alemanha), KT Corporation (Coreia do Sul), Orange (França) e Telkom Group (África do Sul). Do lado dos fornecedores estavam a Ericsson, Huawei, Nokia, NEC e ZTE.

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