Para presidente da Ancine, setor precisa superar o discurso e seguir para o "debate técnico"

Christian de Castro é sabatinado pela Comissão de Educação do Senado para a diretoria da Ancine

Segundo o diretor-presidente da Ancine, Christian de Castro, ter indicadores de mercado atualizados e precisos é a principal ferramenta para comprovar a relevância do audiovisual e da economia criativa, bem como para subsidiar as decisões na regulação do setor. Ele falou nesta quinta, 25, durante o Fórum da Mostra Internacional de Cinema, que acontece esta semana em São Paulo como parte do festival. "A partir dos indicadores e com análise técnica, a argumentação sobre a relevância da economia criativa como mercado se fortalece em um momento de transição política. Temos que passar do discurso, embasar tecnicamente, por que o debate será técnico", disse.

Segundo Castro, a Ancine viu uma explosão muito grande e rápida do setor, o que dificultou a obtenção de dados e a análise do mercado. "Havia uma defasagem de três anos na disponibilização dos indicadores. Quando chegavam, já não significam mais nada. Agora começamos a ter indicadores para poder trabalhar e perceber as demandas", afirmou o presidente da Ancine.

Momento de indefinição

Questionado sobre as perspectivas para o setor no caso de uma virada na política cultural, Castro disse que  momento é de indefinição. Todavia, diz ser otimista. "A gente, que escolheu trabalhar com criatividade, sabe que a força da criatividade resolve bastante coisa", disse. "Com bons argumentos, a gente consegue prevalecer. O momento demanda uma maturidade do setor. Estamos passando por uma prova", completou.

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