Planejamento de CDN da Telebras está pronto, diz empresa, mas governo precisa decidir como usar

Desde 2013 a Telebras fala abertamente em estruturar uma rede de distribuição de conteúdo (CDN) para provedores, mas o projeto ainda carece de integração com outras infraestruturas para a orquestração e distribuição no ecossistema. De acordo com o diretor técnico e operacional da empresa, Paulo Eduardo Kapp, o planejamento inteiro está finalizado, mas faltam aprovações. "O projeto técnico está pronto, a linha de como vai ser feito também está, e vamos definir dentro do governo como será usado", disse ele durante conversa com jornalistas na Campus Party nesta terça-feira, 26, em São Paulo. Uma data já estaria sendo planejada, mas Kapp prefere não revelar porque ainda não recebeu o sinal verde do presidente Jorge Bittar. "O que não está fechado ainda é como vou distribuir e para quem", declara.

A infraestrutura existe, e o projeto técnico está pronto, mas falta fazer a modelagem da integração com outras redes. "A gente já tem a CDN, o que não temos é ela distribuída", diz. Kapp explica que a distribuição de conteúdo, como a de elementos de governo eletrônico ou de educação digital, ainda não é feita em um projeto do governo, mas apenas de forma privada e de parcerias como com a Prefeitura de São Paulo, MEC, Correios e com a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

A Telebras considera, pelo menos em teoria, também o uso da CDN para fornecimento de conteúdo em vídeo over-the-top (OTT). "Se pensou em fazer isso no passado, ainda se pensa, mas é muito sensível a compra de conteúdo, acordo de canais, ainda temos que ter muito mais infraestrutura para este tipo de serviço", afirma. "Agora, para o MEC, para projetos de cidadão, como o dos Correios para fazer agências tipo o Poupa Tempo em São Paulo, isso já temos e está andando, tem quatro ou cinco já funcionando", diz. "Sair implantando é muito difícil, tem que testar muito."

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