ITV busca formatos no Brasil

ITV Studios

A ITV Studios, braço de produção do maior broadcaster privado do Reino Unido, está em busca de formatos brasileiros que possam ser replicados em outros países. A empresa tem uma parceria estratégica no Brasil com a Formata, mas os formatos originais podem vir de qualquer lugar, mesmo de outros criadores, disse a este noticiário o VP executivo de formatos e desenvolvimento global da companhia, Mike Beale. Ele está no Brasil esta semana acompanhado de Christina Covarrubias, diretora de vendas para a América Latina e US Hispanic, para uma visita a canais abertos e por assinatura, acompanhados da CEO da Formata, Daniela Busoli.

Mike Beale, da ITV Studios
Mike Beale, da ITV Studios

Há pouco mais de um mês as empresas anunciaram a parceria para a distribuição e produção dos formatos da ITV no Brasil. A britânica conta com mais de 600 formatos em catálogo.

"Temos parcerias similares na Itália e na Espanha. Não precisamos ser donos de tudo, queremos achar as pessoas que criam e produzem bem, e levar estes formatos ao resto do mundo. Os formatos de sucesso não vão sair todos de um prédio de escritórios em Londres. É preciso uma conexão local. A ideia é criar localmente e produzir globalmente", disse Beale.

O formato da ITV mais produzido globalmente é "Come dine with me", que no Brasil ganhou o nome de "Jogo de Panelas" é o mais produzido. No país o quadro faz parte do programa "Mais Você", da Globo.

Daniela conta que há também a ideia de se produzir ficção. Há projetos engatilhados com Luiz Eduardo Soares, autor de "Elite da tropa" (livro que deu origem a "Tropa de Elite") e Maria Helena Alvim. O forte da ITV contudo, são os programas "non-scripted", em especial os realities e talent show, como "Hell's Kitchen" e "The Voice".

Tendências

Beale não acredita que haja um excesso e declínio dos realities de culinária e gastronomia. "Talvez sim dos programas competitivos, mas o tema pode ser explorado de outras formas, pode ser um programa de cozinha social, que junta pessoas em torno do tema", conta. Ele diz que há alguns grupos básicos de formatos, como programas de talento, de encontros e relacionamento, de resistência, e que eles cumprem ciclos, vão e voltam. "Disseram que os programas de relacionamento tinham morrido, mas no último Mip TV voltaram com força", relata.

Segundo ele, a crise reduziu um pouco as margens pra produzir. "É um fenômeno global, não só no Brasil", conta. "As receitas publicitárias estão se diluindo em várias plataformas. As emissoras têm grandes shows, mas precisam também de shows menores e de bom valor, precisam buscar essa combinação, com programas inteligentes, que não custam demais e trazem boa receita", concluiu.

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