Estudo recomenda às teles preparação de redes para consumo de vídeo

Em conjunto com a fornecedora chinesa Huawei, a consultoria Ovum lançou nesta segunda, 29, levantamento que trata da evolução do consumo de vídeo over-the-top (OTT) para operadora, reunindo pesquisas anteriores e projeções para mercados como streaming, serviço móvel e realidade virtual. O estudo ressalta que o tratamento das teles ao tráfego de vídeo será fundamental nos próximos anos para reduzir churn.

A pesquisa ilustra isso ao dizer que 28% dos entrevistados mudaram de provedor de banda larga nos últimos 12 meses. Desses, 64% visavam serviço "mais confiável" ou mais veloz. E no decorrer do ano, 54% considerariam mudar para outra operadora por conexões mais rápidas ou pagando menos (ou ambos). Na avaliação da empresa, isso está relacionado com a demanda por serviços de streaming.

Ja no serviço móvel, a empresa estima tráfego de vídeo crescendo dez vezes em cinco anos (até 2020). Também para ilustrar, cita serviços OTT de vídeo em tempo real, como Periscope (com 200 milhões de broadcasts em um ano, segundo dados de março) e Facebook (100 milhões de horas de vídeo consumidas por dia em janeiro). Na previsão da Ovum, até 2020 o uso de vídeo crescerá 75% até 2020 no total do consumo de tráfego 4G, atualmente em 15%.

A empresa consolida o mercado de realidade virtual (VR, na sigla em inglês) e realidade aumentada (interação de gráficos com câmera, como o Pokémon Go). Ela prevê que a base total de VR cresça de 71 milhões para 337 milhões entre 2016 e 2020.

Chamadas em vídeo devem se massificar por conta de aplicativos. Dos 10 mil entrevistados, 51,3% já usam serviços de VoIP baseado em app, e 55,9% usam para vídeos. Isso é feito por vários dispositivos, como computador, celular, tablets ou console de videogame. As chamadas em vídeo teriam crescimento composto médio anual (CAGR) de 10% entre 2015 e 2025, segundo a previsão da Ovum. A empresa estima que 6% de todo o tráfego fixo do mundo em 2020 será proporcionado por chamadas em vídeo.

"Se as operadoras não conseguirem monetizar totalmente este enorme crescimento no tráfego externo, eles devem ao menos tomar medidas para otimizar suas redes, permitindo distribuição de vídeo mais eficiente e com menor custo", diz o relatório. A recomendação é que as empresas tratem vídeo como serviço básico. Para tanto, aconselha a desenvolvimento em larga escala e segmentação da base de usuários em grupos de indivíduos, família e corporativo. "Ao mesmo tempo, teles deveriam focar em garantir a lealdade e retenção do cliente", diz a empresa. "Mais importante, teles deveriam tentar guiar a integração por entre todo o ecossistema da indústria de vídeo para maximizar as oportunidades de mercado para todos os participantes na cadeia de valor da distribuição de vídeo." O estudo pode ser conferido na íntegra em PDF clicando aqui.

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