Rádio Metropolitana e Bandeirantes brigam por frequência em São Paulo

Um embate pelo uso da frequência de 98,5 MHz em São Paulo envolve duas empresas de radiodifusão. A Rádio Metropolitana acusa o Grupo Bandeirantes de realizar uma transmissão irregular de rádio com frequência irregular na capital paulista, mesmo com um trâmite judicial em processo. Por sua vez, o grupo nega a acusação de irregularidade e diz que se trata apenas de uma instalação pontual de transmissor em uma torre alugada.

"Posicionada na frequência 98.5, a rádio pirata tem impactado diretamente no alcance da Rádio Metropolitana (…), que é responsável legalmente pela frequência nesta estação", afirma a Metropolitana em posicionamento. A transmissão teria sido identificada pela equipe de engenheiros da rádio na Rua Minas Gerais, bairro de Higienópolis.

A Metropolitana diz que não é a primeira vez que o Grupo Bandeirantes causa interferência. Segundo a empresa, em abril de 2016 a Anatel chegou a lacrar um transmissor da empresa em três dias. A reclamação é que o grupo de comunicação utiliza "artifícios ilegítimos para atingir uma audiência já consolidada pela concorrência" e que causa "bagunça generalizada na frequência, fazendo com que o público ouça duas músicas ao mesmo tempo". A companhia afirma que tomará medidas judiciais cabíveis.

Procurada por este noticiário, o Grupo Bandeirantes enviou posicionamento afirmando que sua relação com a frequência de 98,5 MHz é apenas em um contrato de aluguel de espaço em torre para instalação de transmissor, e que isso é prática adotada por outras emissoras. "Conforme informação da locatária em nota oficial para a imprensa, não há irregularidade no sinal irradiado pelo transmissor localizado na torre da Bandeirantes, o que é possível comprovar acessando o site da Anatel", diz a empresa. O grupo de comunicação também declarou que tomará as medidas judiciais cabíveis, "buscando inclusive a reparação dos danos sofridos e responsabilização criminal".

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