Com fusão, Disney e Fox ainda estariam distante do Grupo Globo na disputa por direitos

Para a Disney e a Fox, a fusão das duas empresas não tem impacto relevante no cinema no Brasil, uma vez que as duas jutas tem participação de pouco menos de um terço do mercado. Em manifestação ao Cade, apontam que a empresa resultante da fusão "continuará sendo pressionada por exibidores, os quais efetivamente possuem condições de negociação".

Já em televisão, mais especificamente na programação de canais esportivos, a empresa resultante aponta que passaria a ter melhores condições de competição, mas ainda estaria muito distante do Grupo Globo, que se trona cada vez mais forte.

A Disney lembra que os eventos esportivos de maior relevância para o público brasileiro são transmitidos pela Globo. E que a ESPN, por sua vez, não detém direitos de transmissão de nenhum evento de futebol importante para o público brasileiro. Já a 21 Century Fox detém direitos limitados de alguns campeonatos. "Isso explica a grande audiência que a Globo e os canais da SportTV têm quando transmitem eventos esportivos e a alta penetração de seus canais", aponta o documento, lembrando que o SporTV2 tem penetração de aproximadamente 95% enquanto que a SporTV tem penetração de aproximadamente 80%.

O forte posicionamento da Globo fica evidente, de acordo com as duas empresas, ao observar a grande diferença entre a Globo e outros concorrentes em termos de receitas publicitárias em eventos e programas esportivos. Apenas a TV Globo (canal aberto), faturou mais de R$ 1,860 bilhão com as seis cotas de patrocínio para o Futebol 2019. Já na Fórmula 1, as seis cotas de patrocínio já estão fechadas, no valor nominal de R$ 95,1 milhões cada, somando R$ 570,6 milhões.

Além do grande poder da Globo, a soma das duas empresas também às deixará em melhores condições de competição com entrantes no mercado, como as plataformas OTT. A Disney destaca o poder do Facebook, que conta com uma base maior do que a da TV por assinatura e já adquiriu direitos esportivos importantes, como a Champions League para as próximas três temporadas, incluindo
2018/2019; e a Libertadores da América, para 2019-2022.

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