AT&T, Verizon e radiodifusores criticam plano da FCC

O plano de banda larga anunciado pelo FCC, órgão regulador das telecomunicações nos EUA, está sofrendo ataques de todos os lados, informa o site Rethink Wireless (www.rethink-wireless.com). As duas maiores operadoras de telefonia móvel norte-americanas, AT&T e Verizon Wireless, estão indignadas com a limitação imposta pela FCC para ambas no aluguel de espectro do grupo Harbinger Capital, dono de operadoras de satélites como a SkyTerra e a TerreStar. Esse grupo investidor quer usar a frequência hoje destinada a serviços móveis satelitais para montar uma rede LTE cuja capacidade será vendida no atacado para operadoras celulares. O problema é que a FCC determinou que no máximo 25% da capacidade poderá ser alugada às duas atuais maiores operadoras celulares do país. A AT&T argumenta que isso propiciará uma vantagem competitiva injusta para seus concorrentes, como Sprint/Nextel e T-Mobile. A FCC entende que a limitação contribui para incentivar a competição no mercado de banda larga e proteger os consumidores norte-americanos de potenciais prejuízos.
Ao mesmo tempo, os radiodifusores dos EUA não gostaram da ideia da FCC de ceder espectro para serviços móveis. Segundo Rethink, o setor botou seu poderoso corpo de lobistas em ação contra a proposta. A FCC gostaria de retirar 120 MHz dos radiodifusores para vender a operadoras de telefonia móvel, oferecendo em troca parte do lucro no leilão. O órgão regulador entende que a redução de espectro não afetará o serviço de TV e já deixou claro que se os radiodifusores não cooperarem, serão avaliadas outras opções, como a obrigação de as TVs adotarem uma arquitetura de rede "celularizada", o aumento das taxas para uso de espectro ou a adoção de um modelo de compartilhamento de uso da frequência, informa o site.

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