Contratos de postes amarram projetos de Internet

As operadoras de TV a cabo do país devem passar por problemas no que se refere aos seus serviços de Internet. Em boa parte dos contratos que as operadoras existentes firmaram com as concessionárias de energia elétrica há cláusulas que dão às elétricas o direito sobre um percentual de qualquer serviço que não seja TV a cabo. Segundo fontes próximas à Eletropaulo, esta operadora, que cobre cidades como São Paulo, Osasco, São José Bernardo do Campo, Santo André e São Caetano do Sul, entre outras, cobra um percentual do faturamento próximo a 3%. Vale lembrar que na ocasião em que os contratos foram assinados, antes da privatização da empresa, a área de cobertura da Eletropaulo era muito maior. Na época a empresa cobria 79 municípios, do litoral paulista até a região de Campinas, onde hoje há várias operações de TV a cabo. Segundo fontes ouvidas por PAY-TV Real Time News, na ocasião da assinatura destes contratos (há mais de seis anos) não havia a perspectiva muito clara do que as cláusulas representariam, já que convergência de serviços e compartilhamento de redes eram conceitos distantes (a Lei do Cabo sequer existia). Se o regulamento de compartilhamento de infra-estrutura for aprovado como saiu para consulta, certamente estes contratos devem perder a validade, pois o documento é claro quando proíbe qualquer tipo de participação das donas dos postes na receita das empresas de TV a cabo.

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