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Associação das Distribuidoras Audiovisuais Independentes pede mais fomento e acesso a dados 

(Foto: Freepik)

A ANDAI – Associação das Distribuidoras Audiovisuais Independentes divulga uma carta aberta onde reflete sobre os obstáculos que o segmento tem enfrentado no sentido de sua valorização, visando a democratização do acesso à cultura. São três eixos principais de demandas: Fomento, Dados e Indicadores e Formação de Público.  

Confira o texto na íntegra: 

“A distribuição de filmes no Brasil, especialmente da produção nacional, enfrenta obstáculos para sua valorização e para a democratização do acesso à cultura. O  mercado, dominado por grandes empresas internacionais e pela concentração, dificulta a inserção de filmes independentes e autorais, que representam a diversidade cultural brasileira e a inovação estética e narrativa.

Em pesquisa apresentada no Fórum de Ideias da Mostra de SP, as distribuidoras associadas à ANDAI lançaram mais de 400 títulos nos últimos dez anos, atingindo em 2023 a marca de 45% dos filmes brasileiros lançados, sendo 35% dirigidos por mulheres e com representantes de todas as regiões do país.

Diante deste cenário e partindo da premissa que há diferentes cinemas e mercados, a ANDAI – Associação Nacional de Distribuidoras Audiovisuais Independentes, uma associação civil sem fins lucrativos que representa 19 distribuidoras brasileiras, apresenta este manifesto como um chamado à ação para fortalecer a distribuição independente. São três eixos principais com demandas que visam uma indústria audiovisual mais integrada, com políticas públicas e ações de mercado mais eficazes e que deem conta da pluralidade de nosso cinema.

Fomento 

Garantir a regularidade e previsibilidade dos fomentos à distribuição, incluindo linhas com fluxo contínuo e o apoio automático para produções que já foram financiadas pelo Fundo Setorial do Audiovisual (FSA); 

Garantir a modulação por faixas de investimento na chamada pública de comercialização, contemplando projetos de diferentes tamanhos de lançamento, com um investimento mínimo de R$ 250 mil reais; 

Dobrar o valor nominal de investimento do FSA para comercialização e difusão audiovisual.

Dados e indicadores 

Ampliar o acesso ao Sistema de Controle de Bilheterias, garantindo informação em tempo real para distribuidoras brasileiras independentes; 

Mensurar oficialmente o público, além das exibições comerciais de salas de cinema, incluindo público de sessões gratuitas e de outras janelas de exibição; 

Fortalecer o Observatório de Cinema e Audiovisual (OCA – ANCINE) com mais dados do setor de distribuição, incluindo análises dos orçamentos de distribuição de obras brasileiras e o mapeamento da diversidade.

Formação de público, fortalecendo a exibição 

Recuperar, fortalecer e aperfeiçoar o PAR Exibição, incluindo subsídios de ingressos a obras brasileiras e revendo a regra de limitação de duas salas máximas por projeto;

Estimular programas de formação de público que fortaleçam a presença do  audiovisual brasileiro nas salas de cinema e, também, em outras janelas de exibição.

A ANDAI, por meio deste manifesto, conclama todos os agentes do setor audiovisual  a se unirem na construção de um mercado mais justo, democrático e representativo, que valorize a diversidade, promova a relevância do cinema brasileiro e impulsione sua internacionalização”. 

 

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