Porta dos Fundos aposta em projetos individuais e branded content

Em um movimento que começou há cerca de um ano, o Porta dos Fundos vem investindo na diversificação de suas plataformas e modelos de negócio e nos talentos individuais de seus integrantes.

Segundo a CEO da produtora, Tereza Gonzalez, o grupo, que tem uma marca forte no online, já explorou meios como o cinema, a TV e o teatro, e agora busca ampliar esta atuação.

Na Internet, por exemplo, deve lançar novas séries, além do sucesso Porta dos Fundos, que tem 12,4 milhões de inscritos e 2,7 bilhões de views acumulados. Ela conta que devem voltar a produzir o "Portaria", com Antonio Tabet (Kibe) e devem criar um canal sobre games com Gabriel Totoro. Já Gregorio Duvivier desenvolve uma série para a TV.

Esta é uma das linhas que deve ser adotada mais fortemente a partir de agora, conta Tereza: a de criar produtos não apenas do grupo, mas de cada um dos integrantes. Ela explica que as atividades paralelas de cada um são livres, e que programas como o de Fabio Porchat na Record são iniciativas individuais, ou seja, não envolvem o grupo ou mesmo a empresa. "Funcionam como uma via de mão dupla, dão visibilidade para o grupo, e o grupo também ajuda a impulsionar essas iniciativas", diz. A ideia agora é desenvolver mais conteúdos individuais internamente, em projetos especiais, como longas e séries.

Tereza Gonzalez, CEO do Porta dos Fundos. Crédito: Aline Arruda.
Tereza Gonzalez, CEO do Porta dos Fundos.
Crédito: Aline Arruda.

Outra frente de ação do grupo é na publicidade, especificamente no branded content. "Somos muito procurados pelas marcas, especialmente quando querem dar uma chacoalhada na imagem", diz Tereza. Ela conta que há ações que surgem espontaneamente, a partir de gags, como aconteceu no passado com Spoleto e Coca-cola, mas que há também muita prospecção e desenvolvimento de projetos. "Mas aqui, como quem manda são os criativos, há casos como o de um esquete com os Postos Ipiranga que não teve nada a ver com publicidade, não pagaram nada. Os meninos fizeram porque queriam", relata a executiva.

Tereza diz que as receitas do grupo equilibram-se entre a publicidade e os conteúdos. "No ano passado, TV e cinema foram importantes para a receita. Este ano a publicidade cresceu e ficou mais importante, até porque investimos mais nisso", diz. As receitas vindas do YouTube são menos relevantes para a empresa na composição final.

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