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Mixer Films desenvolve a série “Instinto”, thriller erótico e de suspense, para o Globoplay

(Foto: Divulgação)

O Globoplay deu luz verde para a nova série “Instinto”, um drama thriller erótico e de suspense desenvolvido e produzido pela produtora Mixer Films. Conforme revelado ao Cveintiuno, portal sobre a indústria da TV internacional, a série busca inovar no gênero ao combinar suspense, empoderamento e autodescoberta feminina, com o pano de fundo da comunidade japonesa no Brasil – a maior do mundo fora do Japão. A história acompanha uma jovem que, ao tentar ajudar financeiramente a avó doente, se envolve no mundo do erotismo e descobre uma perigosa conexão com o crime organizado no Brasil, ligada à comunidade oriental.

Criada por Camila Raffanti e Julia Ianina e dirigida por Michel Tikhomiroff, a série terá dez episódios de 40 minutos cada, com roteiros atualmente em fase de escrita. O plano é iniciar a produção em 2025 e lançar em 2026. “A série se passa no bairro japonês da Liberdade, em São Paulo. Ocupa metade de São Paulo, é a nossa Chinatown”, explicou João Daniel Tikhomiroff, sócio-diretor da Mixer Films. “Nunca foi feito nada com essa abordagem. É um tema muito interessante, original e fresco”, completou. 

“Há milhões de pessoas no Brasil vindas de famílias japonesas. Inclusive, vários roteiristas da equipe desta série vêm de famílias japonesas, o que é muito importante para o projeto”, acrescentou o head de drama e documentários originais do Globoplay, Alex Medeiros. O executivo destacou também o potencial internacional da série, não apenas por seu formato, mas por ser “um thriller com muitos cliffhangers” e, acima de tudo, com personagens “muito complexos e intensos”.

Em tempos de reboots e remakes, “Instinto” é uma ideia original – uma estratégia que o Globoplay busca preservar. “É uma tradição da Globo querer estar sempre próxima dos criadores. E nossas séries mais importantes foram todas originais”, disse Medeiros. “Nossa prioridade é encontrar histórias originais. E, para isso, precisamos do mercado independente. Na Globo, temos nossos estúdios, que são enormes, e fazemos muitas comissões para eles, mas o mercado é um ecossistema, e precisamos muito dos acordos com produtores como a Mixer Films”, continuou.

A produtora já colaborou com a Globo em títulos como a série infantil “Escola de Gênios”, uma propriedade intelectual da Mixer convertida em uma franquia de seis temporadas que recentemente chegou ao cinema com seu primeiro filme. Segundo Tikhomiroff e Medeiros, este é um bom exemplo da flexibilidade nos modelos de produção com os quais a Globo trabalha, assim como a série dramática “Crime Inc.”, anunciada na semana passada durante o MIPCOM, onde Globo e Fremantle assinam a coprodução. O desenvolvimento e produção estão a cargo da Fremantle México e da Mixer Films.

“Algo que adoro ao trabalhar com a Globo é a relação muito transparente que temos em tudo, sempre buscando que seja um produto e modelo que funcionem. Porque há outras plataformas com as quais é mais difícil negociar. Tem havido muito mais rigidez com as plataformas mais globais”, finalizou Tikhomiroff.

 

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