A plataforma de streaming Star+ surgiu há pouco mais de um ano e segue ampliando seus investimentos em produções originais nacionais – o próximo lançamento é "Santo Maldito", suspense dramático que chega ao serviço na quarta-feira, dia 8 de fevereiro. Outros títulos nacionais de destaque do streaming são "Insânia" e "O Rei da TV", sobre o comunicador Silvio Santos.
"A gente sempre tenta, por meio das produções originais, contar de alguma forma sobre a nossa sociedade, refletir sobre temas do cotidiano do Brasil. Pensamos ainda em complementar a oferta de conteúdos quem vêm de fora. O que nossa equipe faz é analisar as demandas observando a tendência, a concorrência e a oferta que temos internamente para trazer uma dinâmica de estreias variadas, complementares e, obviamente, com um olho no negócio, no sentido do crescimento da plataforma", contou Cristiano Lima, Head de Conteúdo do Star+, em entrevista para TELA VIVA. "O objetivo é trazer histórias, conteúdos e dinâmicas super bem produzidas e que o público não vai encontrar no concorrente. Buscamos esse tipo de conforto, a sensação do 'estou pagando por um serviço que me traz esse tipo de história'. A gente quer explorar todos os gêneros e temas, trazer os maiores talentos do Brasil e contar nossas histórias, discutindo questões que você não encontra na TV aberta, por exemplo. É um nível de profundidade, storytelling e sofisticação complementar", acrescentou.
"Tem a ver com o tamanho do público que você consegue atingir. A gente pode ter esse luxo, esse prazer de estar um pouquinho mais nichado, de explorar um pouco mais questões, tramas e dramas do que a TV aberta", pontuou Jérôme Merle, Head de Local Productions de Star+. "Mas nichado demais é arriscado também, então buscamos encontrar um equilíbrio. Hoje vivemos num mundo de multi ofertas: plataformas, mídias e conteúdos. É preciso saber dosar onde você vai chamar a atenção, para que a pessoa descubra o conteúdo e queira ir do primeiro episódio até o último", enfatizou.
Lima reforça que a produção original tem um papel fundamental na companhia: "Hoje, a gente sabe que o segundo conteúdo mais escolhido é o nacional. Esse é um dado do mercado, não só da Disney. Nós produzimos com foco local, mas cada vez mais esses produtos têm tido feat em outros países. Nossa pretensão é que sejam histórias que possam ser contadas em qualquer lugar – com um pouco de particularidade as comédias, que são muito locais, por conta das dinâmicas, e também as biografias, que são mais próprias do local mesmo. Mas quando falamos de um thriller, de um drama, sem dúvida temos essa visão, isto é, a expectativa de que seja um produto que ultrapassasse fronteiras e, de fato, agrade no mundo inteiro. Essa é a beleza do streaming: nós não temos mais fronteiras. Somos impactados por trailers, posts, indicações. O que importa no final é o storytelling, o como a história te impacta e te mantém ali assistindo". Merle ressalta que não é necessariamente sobre se identificar com o conteúdo, mas sim ter aderência, "essa sensação de querer mais".
O Head de Conteúdo do Star+ afirma que a empresa possui um production value que quem está sentado no sofá, ou seja, o telespectador comum, não sabe explicar, mas percebe. "É mais ou menos o que acontece quando você assiste a uma animação da Disney. Você sabe que foi a Disney que fez, embora não saiba explicar o porquê", compara. "Todos os originais que estreamos até agora transparecem esse investimento gigante do ponto de vista mais amplo – talentos, captação, tem todo um cuidado da Disney ao levar essas histórias para as pessoas. É um conceito um pouco intangível, mas é o conforto de saber que essa soma de conteúdos faz com que as pessoas consumam cada vez mais projetos diferentes. Estamos num caminho de aprendizado também. Existe essa coisa intangível que vamos refinando a cada dia, buscando entregar sempre esse resultado. O público sabe quando está diante de um bom projeto", concluiu.
