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Paramount+ estreia “As Seguidoras”, de Manuela Cantuária com produção do Porta dos Fundos

Neste domingo, dia 6 de março, estreia com exclusividade na plataforma de streaming Paramount+ “As Seguidoras”, série estrelada por Maria Bopp. Contando com seis episódios, a trama criada por Manuela Cantuária com produção do Porta dos Fundos traz uma combinação de suspense com humor. 

“As Seguidoras” apresenta a história de Liv (Maria Bopp), uma influenciadora digital que leva sua obsessão por ganhar seguidores às últimas consequências e se transforma em uma serial killer acima de qualquer suspeita. O que ela não sabe é que está sendo seguida pela podcaster de true crime Antonia (Gabz) que pode colocar tudo a perder. Ananda (Raissa Chaddad) é também uma influenciadora digital com quatro vezes mais seguidores do que Liv. As duas são rivais, mas vendem para seus fãs uma amizade que não existe. Assista ao trailer: 


“O roteiro escrito pela Manuela é incrível e, para mim, já foi um indicativo forte de que a série seria muito boa. É um mecanismo daqueles que dá vontade de ver o próximo episódio. Foram semanas intensas de gravação. A Liv é meu primeiro papel de comédia da vida, por isso foi bem desafiador. É outro ritmo de cena. A graça da série está no absurdo da história, que em sua essência é tensa e dramática. Além disso, é um thriller cômico, e eu não tenho memória de outra produção no Brasil que tenha essa mistura de gêneros. Normalmente as coisas são mais definidas”, disse a atriz Maria Bopp em coletiva de imprensa. 

Bopp interpretou a Bruna Surfistinha na série “Me Chama de Bruna” ao longo de quatro temporadas, mas foi a personagem “Blogueirinha do Fim do Mundo”, que ela criou em seu Instagram, que consolidou sua fama. “Eu já vejo as blogueiras e o mundo da internet de maneira crítica. O desafio foi fazer isso acreditando na personagem. Ela tinha que ser de verdade. Então fiz num estudo desse universo sob uma outra ótica, com um outro objetivo. A Liv tem esse desejo por reconhecimento e notoriedade que, na minha opinião, é um ponto-chave entre as blogueiras e os serial killers, um elo entre esses mundos que aparentemente não se conversam”, pontuou. 

Gabz, que interpreta Antonia, acrescentou: “A série fala muito sobre a nossa relação com o alter ego, isto é, nossa vida offline X nossa vida online. A Liv tem essa relação dúbia e problemática, mas acho que todas as personagens acabam passando por isso. A própria Antonia é outra pessoa online, não é a mesma do cotidiano. Tenho uma visão bastante crítica de como ela lida com isso. Ela é a justiceira da história, mas não se sabe até que ponto ela faz isso pela justiça mesmo ou pelo ego dela mesma. Ela acaba retroalimentando esse sistema e se apaixonando por essa tragédia”. 

Além de Gabz, Maria Bopp e Raissa Chaddad, fazem parte do elenco Victor Lamoglia (Edinho), Domenica Dias (Adrielly), Nataly Neri (Camilla), Tati Tiburcio (Rocha), Tatsu Carvalho (Elano), Giselle Batista (Marisol), Maria Gal (Deise), Gabriel Godoy (Esteves) e Stella Miranda (Kassia).

Gabz vive Antonia, uma podcaster de true crime

Processo de criação 

A autora Manuela Cantuária revelou que a ideia da trama surgiu há alguns anos, quando ela era mais viciada em redes sociais. “Comecei a entender que era um mecanismo um pouco perverso, que mexe com a autoestima, com as definições de vida saudável. Muitas vezes as pessoas se sentem pior vendo aquele tipo de conteúdo. Queria escrever uma série sobre como as redes sociais enlouquecem as pessoas. A partir daí veio a ideia dessa personagem”, lembrou. “A ideia já veio com uma premissa muito redonda que, aos poucos, fui desenvolvendo. O maior desafio foi explorar a ironia disso tudo. Foi um processo rico, o tema é muito atual”, completou. 

Para construir esse universo ficcional das influenciadoras, Cantuária teve como inspiração grandes personalidades da internet. “A própria Maria levantou muitas situações. É muito louca essa rotina de acordar e filmar seu café da manhã, o tempo todo estar vivendo uma vida que talvez você não estaria em outro contexto. Existe um mecanismo que faz com que seja assim. A Liv é uma personagem fictícia, ainda bem, mas é alguém que é levada ao absurdo pelo medo do cancelamento e toda a ansiedade que isso gera”, refletiu. 

Maria Bopp em cena de “As Seguidoras”

Presença de mulheres na frente e atrás das câmeras 

“Quando criei a série, tinha uma vontade de ver mulheres fazendo papéis que sempre foram dos homens, como serial killer, investigador. Então foi um exercício interessante pra entender como uma mulher se comportaria nesse contexto. Entender a mente dessas personagens foi um desafio. Para fazer isso, precisávamos de uma equipe composta em maioria por mulheres, e foi isso que tivemos, principalmente no roteiro. Queremos nos ver na tela. Existem tantos personagens anti-heróis homens que amamos mesmo eles fazendo absurdos. Por que não amar também uma mulher que faz isso?”, questionou. 

Diretora de “As Seguidoras”, Mariana Youssef acrescentou: “Estamos num momento em que as narrativas estão entendendo que precisamos contar as histórias das mulheres, do povo preto, mas pensar nisso no atrás das câmeras também, isto é, nas equipes. Existe um longo caminho a ser percorrido, mas essa série em particular contou com muitas mulheres em posições de poder e de escolhas determinantes. Para mim, posso dizer que foi um processo diferenciado. E isso faz toda a diferença no final. Tem muito o que melhorar, mas considero esse trabalho um enorme passo no que diz respeito à equidade. É um projeto coerente com a história que está contando e em como isso está sendo feito”. 

Primeira série de ficção original do Paramount+, serviço premium de streaming da ViacomCBS, “As Seguidoras” foi desenvolvida e produzida pelo VIS Américas, divisão da ViacomCBS, e o Porta dos Fundos, com direção de Mariana Youssef e Mariana Bastos e produção executiva de João Vicente de Castro.

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