“Use Sua Voz”, nova série Max Original coproduzida por Cartoon Network e Floresta, é estrelada por Bia Torres, Giu Nassa e Laura Castro, que formam o grupo musical BFF Girls na vida real e interpretam personagens com os mesmos nomes da série. A temporada conta com dez episódios de 30 minutos cada, que serão lançados semanalmente na HBO Max, às quintas-feiras, a partir do dia 6 de julho. A série foi criada e dirigida por Adolpho Knauth e conta com roteiro de Marina Iorio e produção musical de Aureo Gandur. Trata-se da primeira série em live action com a assinatura Cartoon Network.
Na trama, um apagão acontece justamente no dia das audições para o Núcleo Musical, levantando suspeitas e acusações. “Gente, foi uma sabotagem”, declara Laura para seus colegas. A partir daí, alunos e professores se juntam para descobrir quem está por trás desse mistério. As protagonistas têm o objetivo de ganhar as audições finais do Núcleo Musical da escola Use Sua Voz e vão fazer de tudo para solucionar o mistério e garantir que as audições aconteçam.
Além das BFF Girls, o elenco conta com Serjão Loroza, que interpreta o professor Pete; Robson Nunes, como Wal Frido; Flávia Garrafa, como a professora Emília; e Fafy Siqueira como Vó Lila. Já o elenco jovem traz ainda Cella Bártholo e as irmãs gêmeas Maya e Maíra Aniceto. MC Soffia faz uma participação especial. Assista ao trailer:
“Minha relação com as meninas é de longa data e a gente está sempre pensando em alguma forma de criar conteúdos que tivessem a ver com temas que elas costumam tratar na carreira delas como cantoras e, ainda, dessem um ‘match’ legal com a demanda do público adolescente”, disse o criador e diretor da série, Adolpho Knauth, em entrevista para TELA VIVA. “Quando associamos as BFF Girls a um conteúdo audiovisual, automaticamente a música estará implícita. Acrescentamos a comédia porque achamos que ela é um grande instrumento de transformação e aceitação. Aí, dentro da sala de roteiro, achamos que inserir o elemento da investigação, que é pouco explorado no target, completaria a fórmula para a nossa história. E casado com isso, encontramos no Cartoon um parceiro perfeito, que acreditou muito na premissa da história e entrou de cabeça no desenvolvimento, trazendo a irreverência que está no DNA do canal”, explicou.
Apesar de as personagens principais levarem os nomes verdadeiros das atrizes e cantoras, Knauth garantiu que não é uma série inspirada em fatos reais. “Existe muito pouco delas, até mesmo para criarmos um distanciamento, que seria importante. Mas é claro que nas personagens aparecem características não só delas, mas de toda uma juventude, como aspirações, desejos, vontades e anseios. Não é baseado nelas, mas acaba trazendo algumas coisas, sim. E por estarmos tratando de uma trama adolescente, sentimos que era nossa obrigação ouvir o público e nosso elenco, que é quem tem propriedade de falar. Foi um processo de troca e criação muito legal. Todos os diálogos, ações, reações, olhar musical e figurino tiveram participações ativas do elenco, muito por conta da perspectiva que a gente queria da série: não queríamos uma série que fosse criada por adultos para adolescentes, e sim que os adolescentes conseguissem enxergar a trama num mesmo horizonte”, pontuou.
Identificação com a nova geração
Nesse sentido, Marina Filipe, Gerente Sr. de Produções Originais da Warner Media Latin America para Kids&Family, ressaltou: “O principal desafio era lembrar o tempo todo que estávamos fazendo para os adolescentes de hoje, e não para a nossa adolescência. Parece simples, mas é um trabalho diário. E tudo o que fizemos, desde a construção de personagens, foi lembrando que não podíamos rotulá-los. Tudo tinha que ser fluido. O que define essa geração nova é a fluidez, em vários âmbitos. Por isso tentamos trazer isso nos personagens e na narrativa. Além disso, acreditamos que a adolescência é um período marcado por descobertas, poucas definições e muitas oportunidades. Por isso, em toda a narrativa que trouxemos, estava essa liberdade para ser. E eu acho que isso vai conversar bastante com eles”.
Knauth reforçou a importância de gerar identificação com o público. “Para mim, um dos maiores desafios foi conseguir construir arquétipos de identificação direta com o público. Com uma boa história e personagens que o público consiga se identificar de forma total ou parcial, ele compra a ideia, e aí assiste, maratona, discute. A ideia da investigação que colocamos vem como um ingrediente, um tempero de uma boa história, que vai gerar discussão. A série foi construída pensando nisso e estamos muito confiantes com o que foi feito”, afirmou.
Mensagens embarcadas
Por fim, o criador e diretor falou das mensagens que a trama de “Use Sua Voz” traz para a audiência: “É uma série em que os personagens precisam mais ouvir do que falar. E estamos em um momento em que as pessoas precisam ouvir, elas não se ouvem, e isso gera discussões erradas. A série tem um pouco disso, da importância de estar ali integralmente para ouvir o que o outro tem para falar. Na história, é só assim que eles vão descobrir quem é o sabotador. Além disso, também é uma série que reforça que o certo é ser você, independente de escolhas e de bandeiras, é importante ser quem se é, quem acredita que se deva ser para ser feliz, sem se preocupar com o julgamento alheio”.