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Minissérie “Vidas Bandidas”, do Disney+, tem cenas de ação e cenários que fogem do estereótipo do Rio de Janeiro

Juliana Paes em "Vidas Bandidas" (Foto: Divulgação)

Dirigida por Gustavo Bonafé, a nova minissérie nacional original “Vidas Bandidas” estreou com exclusividade no Disney+ no final de agosto. A produção acompanha Raimundo (Thomás Aquino) e Serginho (Rodrigo Simas), parceiros de crime trabalhando para a quadrilha de Bruna (Juliana Paes). Enquanto Serginho é o bandido malandro, Raimundo quer começar uma vida nova ao lado da namorada, e longe dali. A contragosto, ele aceita fazer um último e especial assalto a pedido de Serginho: roubar a própria chefe, Bruna. Mas tudo dá errado e, a partir daí, se desenrola uma trama sobre vingança, que propõe ainda reflexões sobre violência, criminalidade e desigualdade social. Assista ao trailer: 

Desafio das sequências de ação 

A minissérie original conta com quatro episódios de 30 minutos cada – e cada um deles termina com um gancho de suspense para o seguinte. O desejo que os protagonistas têm de fazer justiça pelas próprias mãos é o fio condutor da trama – e um dos principais elementos que geram identificação e empatia do público pelos personagens. As cenas de ação são combinadas a momentos de drama. Essas sequências, aliás, foram bastante desafiadoras. “Os principais desafios foram as partes de trabalhar na água. Isso é sempre difícil, porque o barco está em movimento, então sofremos um pouco mais mesmo. As coisas acontecem em um tempo um pouco diferente do que quando você está em terra firme”, contou o diretor Gustavo Bonafé em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

“Mas acho que, no geral, as cenas de ação dão trabalho principalmente antes de filmar porque existe o trabalho de criar, desenhar e entender quais planos serão necessários para contar aquilo tudo, isto é, como fazer para tudo acontecer e ficar claro para o espectador. Uma vez que esse trabalho ‘de mesa’ foi bem feito e estudado, o resto é fazer acontecer no set. A questão é que meia página de ação às vezes dura dois dias pra fazer. Mas é um desafio gostoso demais fazer e um prato cheio para quem gosta de filmar. Eu adoro”, completou. 

Nesse sentido, vale destacar que, apesar da série falar sobre a criminalidade nas favelas do Rio de Janeiro, ela buscou cenários que fogem do estereótipo brasileiro desses lugares. “Uma das coisas que eu conversei muito com o canal e que eu já na sala de roteiro tentei ressaltar foi essa busca por um lugar diferente, um lugar mais sofisticado, com cassino, iate. Queria levar esses bandidos, principalmente o personagem da Juliana Paes, para um lugar mais elitizado. E isso imprime valor de produção, é óbvio”, pontuou o diretor. 

Equilíbrio na construção de personagens 

E, apesar do crime ser o ponto central da história, que tem como foco essa trama de vingança, as relações pessoais também estão muito presentes em “Vidas Bandidas”, guiando grande parte das ações dos personagens. “Tentamos equilibrar bem isso. Porque, no final das contas, acho que as pessoas, quando veem uma história, se apaixonam pelos personagens. Elas se apaixonam pela dramaturgia e como esses personagens sentem, como eles sofrem, por quais caminhos eles passam. Então a ação é um ‘molho’ que permeia tudo isso”, refletiu. Para ele, isso passa também para o imaginário que o público gosta, que é o interesse por essa “vida bandida” e pelos “foras da lei”. Mas ele avalia: “No fim das contas, se você não traz coração, tripa e alma para os personagens, eles não decolam. Por isso buscamos esse equilíbrio”. 

Formato de maratona 

“Vidas Bandidas” tem quatro episódios de 30 minutos cada – o que é propício para o consumo em formato de maratona, muito apreciado pelo público brasileiro. “Hoje em dia a gente pensa muito nisso quando está escrevendo as histórias. O streaming pede muita atenção para essa questão e ela é levada em conta já na sala de roteiro, isto é, ter sempre um gancho no fim do episódio, uma coisa que prenda o espectador”, revelou Bonafé. “A gente sabe da quantidade de oferta que existe hoje. Então às vezes se você não segura o espectador, se ele termina esse episódio e não tem nada que ele queira descobrir no próximo, é capaz que ele não volte. Faz parte ter esse pensamento já na criação do projeto”.  

Idealizada por Diego Bliffeld e roteirizada por Walter Daguerre, Rubens Marinelli e Gabrielle Siqueira, “Vidas Bandidas” tem direção de Gustavo Bonafé, responsável por dirigir outras grandes produções, como as séries “Santo Maldito”, “Insânia” e “Lov3”, além de assinar a biografia “Legalize Já!” (2017) e o drama criminal “O Doutrinador” (2018). A direção de fotografia é de Kauê Zilli.

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