Oi promete primeira rede com G.fast em março

Em busca de um melhor aproveitamento da sua imensa infraestrutura legada de rede de cobre, a Oi anunciou no final de dezembro planos para implantar a tecnologia G.fast em março, no Rio de Janeiro. A rede de cobre na última milha (mas com fibra até a caixa), que a operadora afirma que será a primeira do Brasil, pode atingir velocidades teóricas de até 1 Gbps. A empresa espera poder incentivar novos serviços com esse ganho de capacidade, como saúde, educação e segurança remotas, além de transmissão de vídeo em 4K.

Após essa primeira implantação, a companhia pretende ampliar o uso da solução para todo o território brasileiro. A rede com a solução G.fast é fruto de parceria com a fornecedora Alcatel-Lucent (ALU), e o acordo prevê ainda futuros testes com o padrão XG.fast, que promete velocidades de 10 Gbps sobre pares de cobre em curtas distâncias.

Destaque-se que a aplicação desta tecnologia não é trivial, pois exige não só redes de cobre de boa qualidade (sem emendas, sem oxidações e bem isoladas) como também um significativo adensamento das redes de fibra, que precisam chegar aos armários onde começa o acesso final em cobre. O G.Fast utiliza ainda o vectoring, uma tecnologia de cancelamento de ruído, o que permite os ganhos de velocidade. Em 2015, a Oi iniciou também a implantação de redes VDSL, que funcionam também a partir do adensamento das redes de fibra e encurtamento do trecho atendido pelas redes de cobre, mas oferece velocidades mais modestas (de até 35 Mbps).

OTN

Também em parceria com a ALU, a Oi conta com projeto "estruturante" de rede de transporte ótico (OTN) de 100 Gbps. A ativação dessa infraestrutura de 30 mil km foi em novembro e a ideia é, além de aumentar a capacidade da transmissão de dados, elevar a proteção contra interrupções por acidentes e eventos externos graças a novas rotas de circulação com redundância de três caminhos. Segundo a operadora, o usuário terá mais qualidade de navegação na Internet. Quando o projeto da OTN foi anunciado, em abril, a Oi afirmou que a capacidade de transmissão de dados do backbone seria aumentada em até 57 vezes.

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