A segunda etapa do processo de digitalização da TV aberta, iniciado em 2014 com os recursos do leilão da faixa de 700 MHz para 4G, foi batizado pelo Ministério das Comunicações de Digitaliza Brasil. Trata-se do projeto que prevê aplicar R$ 844 milhões dos saldos do recursos reservados para a limpeza da faixa de 700 MHz na instalação de transmissores digitais em 1.638 municípios em que só há retransmissoras analógicas, muitas delas operadas pela própria prefeitura.
Também haverá a distribuição de kits de TV digital para mais 4,5 milhões de famílias integrantes do Bolsa Família nestas localidades, sendo 500 mil kits em estoque da fase anterior e mais 4 milhões a serem adquiridos pela EAD (Empresa Administradora da Digitalização), que tem as empresas de telecomunicações como sócias. O programa foi anunciado pelo ministro Fábio Faria como parte das comemorações da Semana das Comunicações. Será editada uma portaria prevendo ainda a regularização de pendências e consignação de canais a prefeituras, que serão as responsáveis por estes transmissores.
O projeto nasceu de uma sugestão das emissoras de televisão para o uso do saldo da EAD decorrente da primeira fase, quando foram economizados no processo de digitalização de cerca de 1,4 mil municípios cerca de R$ 1,2 bilhão. A EAD (operando sob a marca Seja Digital), completou no início de 2019 o processo de digitalização das cidades e distribuição de kits para cerca de 12 milhões de domicílios.