Para Ancine, TV paga é o melhor caminho para o audiovisual nacional

"A TV por assinatura é, por enquanto, o melhor caminho encontrado pela Ancine e pela indústria cinematográfica para se aproximarem da televisão brasileira". Com essa declaração, Gustavo Dahl, presidente da Agência Nacional de Cinema, resumiu a importância que a TV por assinatura está ganhando para a produção audiovisual nacional neste momento em que são criados mecanismos de fomento que devem gerar cerca de R$ 90 milhões para a produção audiovisual nacional.
Gustavo Dahl fez a abertura do III Fórum Brasil de Programação e Produção, organizado pela Converge Eventos e promovido por PAY-TV e TELA VIVA, que acontece em São Paulo, nestas terça, 4, e quarta, 5. A troca de elogios mútuos que se seguiu entre as empresas programadoras e operadoras de TV por assinatura e a Ancine tem uma razão principal: a TV paga abriu mão de brigar na Justiça com a agência de cinema. Ao contrário, optou por negociar uma forma de reverter o ônus em mecanismos de fomento à produção nacional para seus canais.
Essa política de boa vizinhança, contudo, não cria repercussões positivas em todos os momentos. Luiz Carlos Barreto, produtor de cinema e sócio do Canal Brasil, deixou claro que é importante que todas as contribuições sejam pagas, "pois a Ancine já abriu mão de muito do que podia receber". A TV paga é a terceira maior contribuinte individual da agência, com cerca de R$ 25 milhões, perdendo apenas para a publicidade (R$ 30 milhões) e mecanismos de isenção do Artigo 3º da Lei do Audiovisual (outros R$ 30 milhões).
Gustavo Dahl citou ainda o fato de tanto cinema quanto TV paga terem baixas penetrações no Brasil (em torno de 10%), atuarem em nichos e serem economicamente instáveis como pontos de aproximação entre os dois grupos.

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