Presidente do conselho da Vivendi deverá se afastar após divisão do grupo

O presidente do conselho da Vivendi, Jean-René Fourtou, deverá deixar a companhia em 2014, após a divisão do grupo em duas áreas: entretenimento e telecomunicações. Em entrevista ao jornal francês Le Monde, publicada nesta sexta-feira, 4, Fourtou disse que pretende deixar a empresa em uma posição forte para que possa ter um recomeço "mais flexível e com estrutura mais focada".

Acabada essa reestruturação, o executivo deverá se afastar da liderança do conselho de supervisão da Vivendi, onde está desde 2005. Ficará no lugar dele o vice-presidente do conselho e maior acionista do grupo francês, Vincent Bollore, com quem já teve divergências pela tentativa de exercer maior influência como shareholder. Segundo Fourtou, a divisão deverá ser aprovada em assembleia geral em meados do segundo trimestre de 2014. Além do próprio Fourtou, o CEO atual, Jean-François Dubos, manteria o posto até que a divisão ocorresse.

A ideia do grupo é se desfazer da operadora marroquina Maroc Telecom e da desenvolvedora de games Activision Blizzard, venda que ainda não foi finalizada por conta uma disputa com acionistas, mas que ele promete que será solucionada até dezembro deste ano. Assim, a Vivendi ficaria ainda com dois negócios de telecomunicações: a operadora francesa SFR, que deverá também se dividir, e a brasileira GVT, que recentemente anunciou acordo com a Echostar (Dish Networks) para alavancar operações de DTH no País.

Ele diz que uma possível venda da SFR não está nos planos, e que nem houve interessados, apesar de rumores de propostas da britânica Vodafone e da norte-americana AT&T. "Este não é um momento para considerar uma venda", disse ele à publicação francesa.

O argumento é que a empresa teria potencial ainda de crescimento, semelhante ao que aconteceu com a GVT durante o ano passado, quando a Vivendi pedia 7 bilhões de euros pela empresa e acabou desistindo da transação em março. DirecTV e o grupo de equity KKR chegaram a se interessar, mas não conseguiram um acordo. "No setor de telecomunicações, exploramos todas as opções para crescer. Nós viajamos o mundo, vimos todos os potenciais parceiros, Zain, MTN, turcos, noruegueses, tunisianos… Em vão", lamenta Fourtou.

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