Com a estrutura e programação mais robusta desde que foi criada, em 2021, a Conferência Audiovisual (antiga Conferência do Cinema Nacional) chega à sua quarta edição, compondo a programação do 57º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Durante três dias, de quinta, 5, a sábado, 7, o festival receberá dez painéis sobre política audiovisual, direitos, estratégias e desafios para o fortalecimento do setor no Brasil.
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, abre a 4ª Conferência Audiovisual, nesta quinta, 5, às 9h, na Sala de Cinema 2 do Cine Brasília. Ela trará um discurso inaugural sobre a importância dos direitos culturais e do cinema brasileiro na consolidação de uma sociedade democrática.
Depois de três edições, o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro previu em sua estrutura um espaço maior e mais adequado para reunir representantes de todos os três poderes, da sociedade civil organizada, de instituições de audiovisual, de associações, de representações de classe, de players do mercado e de pessoas realizadoras e pesquisadoras.
Para garantir que os mais importantes agentes do audiovisual estivessem na Conferência, a programação foi montada sob a consultoria de Gabriel Portela e Alfredo Manevy, dois especialistas em políticas públicas para o audiovisual brasileiro. Entram na pauta do evento temas como a regulação do VoD, o marco legal dos jogos eletrônicos, o uso de inteligência artificial (IA) no cinema, desenvolvimento regional, formulações de políticas para exibidores e programadores independentes de salas de cinema, industrialização do audiovisual e as crises pós-pandemia como desafios da revolução dos hábitos de consumo de audiovisual.
Entre os palestrantes convidados, além da ministra Cármen Lúcia, estão a premiada produtora audiovisual Sara Silveira, o assessor de Economia Criativa do BNDES e ex-ministro da Cultura, Juca Ferreira e as deputadas Jandira Feghali e Benedita da Silva. Participam das mesas, também, representantes da Spcine, Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Salvador, Ancine e Ministério da Cultura. O MinC, inclusive, encerrará a conferência no sábado, 7, com um encontro entre sua secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, e a comunidade audiovisual participante, para tratar dos desafios e perspectivas para a regulação do VoD no país. Confira a programação completa no site.
A 57ª edição do Festival de Brasília conta com apoio da Câmara Legislativa do DF, Cinemateca Brasileira, Conselho Distrital de Promoção da Igualdade Racial, Cine Brasília, Canal Brasil, Canal Like, Telecine, Globo e Metrópoles. É realizada pelo Instituto Alvorada Brasil e Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal, em gestão compartilhada que se estende às três próximas edições do festival, culminando em 2026, na 59ª edição. Tem patrocínio do Sebrae e patrocínio master do Banco de Brasília – BRB.