Furukawa diz que acesso por fibras já é viável

O presidente da matriz japonesa Furukawa Electric, Hiroshi Ishihara, após visitar as principais operadoras brasileiras disse, em entrevista nesta quinta, 5, que com a melhora no desempenho da economia, o Brasil ainda tem muito o que crescer em telecomunicações, principalmente no segmento de banda larga.
"No Japão e nos Estados Unidos, a migração de acesso em banda larga de cabos metálicos (ADSL) para cabos ópticos (fiber-to-the-home – FTTH) é a principal tendência e acreditamos nessa tendência também no Brasil", comenta Ishihara. Segundo ele, o Japão encerrou 2004 com um total de 18,62 milhões de usuários banda larga, dos quais 13,32 milhões são assinantes ADSL; 2,87 milhões acessam a internet via cable modem e 2,43 milhões têm FTTH.
"A diferença de custo do FTTH em relação ao ADSL caiu bastante e está cada vez mais competitivo", analisa o presidente da matriz japonesa. Segundo ele, a operadora NTT, que detém cerca de 90% do mercado de FTTH, pretende adicionar mais 2 milhões de usuários ao serviço em 2005, o que pode fazer com que o número de usuários no Japão com acesso à banda larga via fibra óptica chegue a 5 milhões.

Pesquisa

A Furukawa Brasil planeja investir US$ 1,5 milhão no País este ano em ativos e em pesquisa e desenvolvimento. De acordo com o presidente da empresa no País, Foad Shaikhzadeh, boa parte dos investimentos será direcionada à área de cabeamento estruturado da empresa, que já responde por cerca de 10% do faturamento de US$ 250 milhões. O negócio de cabos responde por cerca de 85% do faturamento, e os 5% restantes vêm da área de serviços.
A Furukawa já exporta produtos de cabeamento estruturado para redes locais de países da América do Sul, EUA, Europa e Japão. "Somos líderes nesse segmento no Brasil e no Chile, e ocupamos o terceiro lugar na Argentina. O objetivo é a liderança na América do Sul e no resto do mundo", conta Shaikhzadeh. A meta para 2005 é elevar o faturamento da unidade brasileira em 10% e ampliar as exportações de 19%, em 2004, para 23% do faturamento este ano.

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