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MinC anuncia edital para projetos dirigidos por mulheres estreantes e repasses à Cinemateca Brasileira 

(Foto: Filipe Araújo/ MinC)

O Ministério da Cultura (MinC) anunciou na última semana uma rodada de R$ 44 milhões em investimentos no audiovisual do país. Do total, R$ 20 milhões serão aplicados por meio do Edital Ruth de Souza de Audiovisual e o restante – R$ 24 milhões – por meio de repasses à Cinemateca Brasileira, ainda em 2023. 

O Edital Ruth de Souza destinará recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) a dez projetos de longas-metragens dirigidos por mulheres estreantes e apresentados por produtoras brasileiras independentes. Garantindo a transversalidade, a chamada estipula o reconhecimento de duas obras de cada região do Brasil e de ao menos três diretoras negras e duas indígenas. “Incluímos um dispositivo de cotas com o objetivo de premiarmos ao menos cinco projetos de diretoras negras e indígenas, garantindo um passo importante para a implementação de ações afirmativas em nossas chamadas públicas”, afirmou Joelma Gonzaga, secretária de Audiovisual do MinC.

A homenagem a Ruth de Souza também é um marco no reconhecimento do protagonismo das mulheres negras no meio. Falecida em 2019, a atriz foi a primeira mulher negra brasileira a protagonizar uma telenovela e a concorrer a um prêmio internacional.

As proponentes poderão se inscrever gratuitamente por meio da plataforma Mapas da Cultura entre os dias 15 de maio e 14 de julho. 

Também foram anunciadas medidas pela retomada da Cinemateca Brasileira. Trata-se de um marco na história da instituição: a maior cinemateca da América do Sul enfrentou eventos como enchentes, incêndios e salários atrasados após anos de sucateamento e orçamento reduzido. Margareth Menezes, Ministra da Cultura, também ao lado de Joelma Gonzaga assinou termo aditivo do contrato de gestão da entidade. O dispositivo vai garantir R$ 24 milhões em recursos federais para a instituição apenas em 2023 – quase R$ 10 milhões a mais do que o investido pela antiga Secretaria Especial da Cultura em 2022 e o maior repasse já acordado desde a criação do espaço.

A instituição sedia eventos, serve como apoio para pesquisadores e é a depositária da memória do audiovisual nacional. “A memória do cinema brasileiro, esse legado gigante – é a maior cinemateca da América do Sul – é um tesouro para o Brasil”, enfatizou a ministra.

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