Uma pandemia épica assola a humanidade e força pessoas do mundo todo a se isolarem para se protegerem do vírus. Todo mundo conhece muito bem esse roteiro, mas quando a perspectiva de uma cura não chega nunca, os anos de isolamento acabam deteriorando a sanidade dos sobreviventes. Esse é o cenário de "Ciclo", novo filme de Ian SBF, sócio-fundador do Porta dos Fundos, distribuído pela O2 Play e com produção de PH Souza da Cafeína Produções. A nova ficção científica de Ian estreia no Festival do Rio, que acontecerá entre os dias 6 e 16 de outubro.
Em "Ciclo", Antônio (Felipe Abib) vive em uma espécie de apartamento bunker. O que era para ser um local temporário até o fim da pandemia acaba se tornando seu lar permanente. A cada 58 minutos, ele deve entrar em uma cabine vedada para que os espaços sejam desinfectados com uma fumaça tóxica capaz de matar qualquer microrganismo que possa ter entrado. O isolamento, a impossibilidade de sair e a alternância de ciclos e mais ciclos de desinfecção vão lentamente deteriorando a sua saúde mental.
O espaço é dividido com outros inquilinos, que são separados por portas vedadas. Eles nunca se tocam, mas se falam pelo vidro das portas ou pelos telefones. Antônio começa a duvidar da própria sanidade, principalmente quando conversa com o botânico Diego (Daniel Furlan), que parece estar também saindo do controle. Ele passa a desconfiar de tudo e todos, e sair dali e encarar seus medos parece ser um caminho sem volta.
"Ciclo" mistura ficção científica com suspense e traz um futuro distópico onde a pandemia venceu a humanidade e as pessoas não podem mais sair do isolamento. Ao refletir sobre o isolamento e a deterioração da mente, o diretor também traz um thriller no qual o público pode se surpreender a cada cena com as descobertas do protagonista e o desenrolar dos acontecimentos.
O filme estreia no Festival do Rio, que acontece entre os dias 6 e 16 de outubro, e competirá na categoria de longas-metragens "Novos Rumos".
