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Série documental “Luva de Pedreiro – O Rei da Jogada” estreia na Max 

(Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira, dia 7 de novembro, estreia na Max a nova série documental “Luva de Pedreiro – O Rei da Jogada”. Em três episódios, disponibilizados no mesmo dia, a produção conta a história de ascensão de Iran Ferreira, o Luva de Pedreiro, e como o influenciador foi da pequena Quijingue (BA) às telas de milhões de pessoas.  

A série acompanha Iran desde sua origem humilde até o estrelato e os altos e baixos que se seguiram. Traz ainda depoimentos de celebridades como Falcão, Gkay, Carlinhos Maia e Kondzilla, que acompanharam a trajetória, – alguns de perto e outros como telespectadores que se identificavam com a situação vulnerável em que Iran estava. 

“Sempre buscamos temas e assuntos para as nossas séries que gerem repercussão, conversas e engajamento. E, nesse universo, entram também as biografias documentais. Nesse caso especial, partimos da provocação de compreender um dos maiores fenômenos da Internet, não só no Brasil. Quem era realmente o Iran atrás do Luva de Pedreiro e como ele conseguiu, em tão pouco tempo, construir essa carreira meteórica. É uma história inspiradora e cativante, capaz de se conectar com o público que já o conhece e atrair quem não o conhece”, analisou Adriana Cechetti, Diretora de Produção e Desenvolvimento de Conteúdos de Não-Ficção da Warner Bros. Discovery Brasil, em entrevista exclusiva para TELA VIVA. 

Olhar profundo sobre o mercado da influência digital

“Além de contar e contextualizar a história do Luva, a série se aprofunda em temas importantes que permeiam o universo dos influenciadores, como o hate e, principalmente, como lidar com a saúde mental diante do sucesso e também dos possíveis fracassos”, revela a executiva. “Essa narrativa é conduzida pela própria trajetória do Iran e através dos episódios emblemáticos que ele já viveu, como a própria saída das redes sociais. Contamos também com os depoimentos de outros influenciadores que nos ajudam a dar ainda mais contexto a esse universo das celebridades que surgem através das redes sociais”, acrescenta. 

A série é um conteúdo Max Original produzido pela Beyond Films, produtora especializada em sportainment, que tem como foco o esporte com fortes elementos de entretenimento. Também com exclusividade para TELA VIVA, os produtores executivos Sérgio Floris e Olivia Chiesi reforçam esse objetivo do documentário que vai além de contar a história do Iran e busca explorar o fenômeno da influência digital, trazendo um olhar mais profundo sobre esse mercado. “No Brasil, milhares de pessoas surgem e se destacam todos os dias na internet, alcançando reconhecimento e ganhos financeiros que, muitas vezes, culminam em uma exposição exacerbada, preconceito, depressão ou até burnout – como aconteceu com o Iran”, pontuam. 

Os produtores enfatizam como as coisas aconteceram de forma rápida e intensa na vida desse garoto e, por isso, a série também busca entender o porquê dele estar perdurando nessa indústria. “Sem dúvida, uma das razões é a sua autenticidade. Ele retrata o Brasil profundo, que raramente vemos na mídia tradicional, e faz isso de uma forma muito verdadeira e simples que cativa. Quando o Iran passou a usar a luva, isso não aconteceu como quem se veste de um personagem, é parte da verdade narrativa dele. Ele criou artifícios de comunicação de maneira involuntária, autoral. Não há um cálculo para aparecer – e é isso que o torna um fenômeno tão genuíno”, opinam. 

Existe ainda o fato de que alguém com uma origem tão humilde como a dele inevitavelmente enfrenta muito hate na internet. “Iran lida diariamente com preconceitos tanto raciais quanto de classe, algo que abordamos no documentário para mostrar os desafios que influenciadores com essa trajetória precisam enfrentar”, completam. 

Bastidores da produção

Os produtores executivos da Beyond Films contam que, quando começaram a trabalhar no projeto, já sabiam que precisavam mergulhar fundo para encontrar a melhor maneira de narrar essa história: “Há dois anos, o roteirista Douglas Duarte viajou para Quijingue, na Bahia, e passou quase uma semana imerso no universo do Iran, convivendo com sua família e conhecendo o vilarejo. Foi um choque de realidade conhecer a história de alguém que, até poucos anos atrás, vivia em um povoado familiar com apenas 100 pessoas e caminhava quilômetros todos os dias para conseguir postar um vídeo na internet. Sabíamos que para fazer justiça à sua história seria necessário mais do que uma pesquisa à distância — era preciso cuidado e carinho para preservar a essência e a verdade da trajetória dele”. 

Nesse sentido, o documentário também escancara a diferença dessa realidade especialmente em entrevistas gravadas em Tabua e Recife. Uma das descobertas mais marcantes para Floris e Chiesi foi o quanto o Iran valoriza sua conexão com suas origens. “Até hoje, sempre que ele tem um compromisso importante ou viagem internacional, ele retorna a Tabua para se reconectar com sua história e seu povo. Essa ligação é parte fundamental de quem ele é, algo que realmente nos surpreendeu e acrescentou ainda mais profundidade à narrativa”. Já Cechetti, da WBD, disse que, para além do fenômeno, descobriu uma figura ainda mais carismática e cativante. “E o melhor de tudo, que ele age com a intuição para criar conteúdos que hipnotizam multidões. Descobrimos por que ele é o melhor do mundo, como ele mesmo costuma dizer”, conclui. 

Por fim, os produtores observam que um dos grandes desafios de contar essa história é que o futuro dela ainda está em aberto – não tem como saber se ele continuará famoso ou o que pode ganhar ou perder daqui pra frente: “E essa incerteza é a beleza da produção. Precisávamos ir além dos bordões e mostrar a profundidade da vida, que muitos veem apenas pela superfície, mas que revela alguém que já viveu muito e enfrentou desafios inimagináveis. Para nós, é um orgulho poder focar na história de um brasileiro que já é um vencedor, homenageando alguém em vida. Durante a produção, ele se tornou pai, foi convidado para a cerimônia da Bola de Ouro… muita coisa aconteceu. Precisamos ser ágeis e perspicazes para adaptar a narrativa à velocidade de sua vida. Essa é a história de um brasileiro incomum que, de forma improvável, deu certo”. 

A série “Luva de Pedreiro – O Rei da Jogada” tem direção é de Sebastián Gadea e a produção executiva de Sérgio Floris e Olivia Chiesi. Pela WBD, são responsáveis pela produção Sergio Nakasone, Adriana Cechetti, Luciana Soligo e Mariana Loibiso. 

 

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