O documentário "Amazônia Sociedade Anônima", de Estêvão Ciavatta, é um dos três finalistas do One World Media Awards, um dos mais importantes prêmios internacionais da área, que reconhece reportagens de diferentes países. O filme concorre na categoria Enviromental Impact Award. Produção da Pindorama Filmes, Imazon, Canal Brasil e Coletivo Audiovisual Munduruku, o documentário – que tem como produtor associado o cineasta Walter Salles – faz um importante registro ao longo da BR 163 Cuiabá-Santarém, mostrando os índios Munduruku em sua luta para defender a terra e rios diante de máfias de grileiros de terras.
O longa surgiu após a série homônima desenvolvida pelo diretor para o programa "Fantástico", da TV Globo, entre 2014 e 2015, que teve um dos episódios dedicado à grilagem e ao comércio ilegal de madeira. Ao longo de cinco anos, a narrativa do documentário foi se desenvolvendo à medida que os acontecimentos históricos se davam. A fotografia é um dos destaques de "Amazônia Sociedade Anônima", que ora revela a harmonia dos povos indígenas com a floresta, ora surpreende com imagens desconcertantes do desmatamento ilegal.
Criado em 1988, o One World Media Awards reconhece a melhor cobertura da mídia do hemisfério Sul e visa reconhecer histórias que quebram estereótipos, mudam narrativas e conectam pessoas através de culturas. O prêmio é concedido pela One World Media, uma organização não-governamental sediada em Londres, Inglaterra, que tem parcerias com empresas de comunicação como BBC, Al Jazeera e Google. Os vencedores serão anunciados em 17 de junho.