Publicidade no cinema cresceu 60% no primeiro semestre de 2019

A FlixMedia, empresa de comercialização de espaços publicitários no cinema, reuniu exibidores, estúdios, agências e anunciantes no Cinépolis do JK Iguatemi na última quarta-feira, 6 de novembro, para apresentar dados do mercado publicitário nos cinemas de 2019 e revelar planos da empresa para 2020, no evento batizado de Flix Me Up! A nova métrica do sucesso. Adriana Cacace, diretora geral da FlixMedia que está há oito anos à frente da operação no Brasil, abriu a apresentação reafirmando que a Flix é, hoje, a maior empresa de mídia de cinema da América Latina, e teve em 2019 um crescimento histórico. "Só no primeiro semestre do ano o meio do cinema registrou um aumento de publicidade de 60% e, agora, na reta final do ano, fomos indicados ao Prêmio Caboré. Finalmente o cinema teve o holofote que ele merecia", comemorou.

Já Cristiano Persona, diretor comercial, falou um pouco sobre o segmento de publicidade no cinema, focando especialmente nas vantagens que o modelo oferece. "O cinema é o melhor player de vídeo do mundo e, como as marcas investem cada vez mais em vídeo, ele tem crescido tanto em termos de publicidade. Tem 100% de viewability, isto é, a audiência é totalmente impactada. Ninguém pode pular o anúncio na sala de cinema", aponta. "Além disso, é a única mídia offline que permite obter números reais de audiência, contabilizando vendas de bilheteria. Assim, o cliente tem certeza que impactou as pessoas. E é um ambiente seguro e totalmente confiável para a marca, que consegue oferecer conteúdo premium em um permanente prime time", continua. Persona ainda divulgou alguns dados recentes da empresa, tais como: por semana, só pelas salas da rede Flix, passam 2,4 milhões de pessoas. Hoje, a Flix atua em 12 países e 240 cidades, e é líder absoluta no Brasil, seu maior mercado na América Latina. Entre as redes com as quais eles trabalham, estão Cinemark, Kinoplex, CineSystem, Centerplex, GNG, Cinépolis, UCI, Movie Com entre outras. Só no Brasil, são 2034 telas, em 128 cidades, que registram um share de público de 72%.

Para fechar a apresentação, o diretor de planejamento e operações Vinícius Sanfilippo falou sobre os próximos passos da FlixMedia. Para dar início à conversa, ele explicou que a empresa trabalha a partir de dois principais pilares: inteligência e conteúdo – e que, por trás deles, está a tecnologia, para poder atuar com velocidade e dinamismo. Em relação ao conteúdo, Sanfilippo afirmou que a FlixMedia é o espaço ideal para anúncios no modelo de branded content, isto porque a Flix está preparada para desenvolver os filmes ao lado das marcas, visando a contextualização – inserção em trailers e interação direta com o público presente são algumas das possibilidades.

Em relação à inteligência, o diretor mencionou o Alfred, ferramenta que tem pouco mais de um ano de operação e que funciona com o foco em serviço para o usuário, atuando como um concierge de cinema. Atualmente, a plataforma já soma 350 mil usuários cadastrados, recebe 100 mil usuários únicos ao mês e já registrou seis milhões de interações dentro de seu ambiente. Entre as funcionalidades, estão programação, lineup que o usuário pode marcar com o selo "quero ver", cinemas e sessões mais perto de onde ele está, push com dicas e alertas de sua preferência entre outros. "O foco do Alfred é atender a esse frequentador do cinema. Mas, ao mesmo tempo, ajuda a indústria do entretenimento c um termômetro de interesses. Com ele, estamos formando uma base de dados premium e bastante completa", ressaltou Sanfilippo, revelando ainda que, em breve, o Alfred estará na Alexa, serviço de voz da Amazon.

O próximo passo da Flix é, então, entender e fazer uso do banco de dados obtido via Alfred. Para isso, eles contarão com dois parceiros. O primeiro deles é o MESH, instituto de pesquisa londrino especializado em experiência de público com marcas. "O MESH analisa o impacto da mensagem em diferentes pontos de contato e entende o quanto o cinema agrega no mix de mídia. O estudo que eles fizeram lá fora já comprovou, por exemplo, que o cinema amplifica o impacto em outras mídias, como TV e online. Isto é, pessoas que viram determinado anúncio nos cinemas prestam mais atenção quando ouvem falar da mesma marca por meio de outras janelas", contou o diretor de operações. A pesquisa internacional identificou ainda que, após assistir um conteúdo de marca nos cinemas, as pessoas descrevem o que viram ali com 50% mais palavras do que fazem em relação aos anúncios vistos em outros lugares, o que significa que dentro das salas elas prestam muito mais atenção no que estão assistindo.

Outra parceria é com a Serasa Experian, empresa de informação que direciona ofertas conhecendo melhor seus clientes. A Serasa tem um extenso banco de dados, que passa por inúmeros fatores, como identificação, localização, demográficos, financeiros, socioeconômico e comportamental. Por isso, o trabalho da Flix com eles é cruzar os dados do Alfred com os dados da Serasa, para criar uma persona para esse frequentador de cinema. Para adiantar, Sanfilippo já revela que, dentre o público analisado, 61% está na faixa entre 18 e 38 anos; a maioria tem alto poder de consumo e costuma gastar em diferentes categorias, sendo apreciadora de café, cerveja, vinho, moda, cosméticos e animais de estimação; utiliza cartão de crédito, sendo que 52% possui mais de um cartão e 70% se considera "caçadora de desconto"; 72% é cinéfilo; 78% costuma jogar online; 61% gosta de ler; 70% faz compras online e 70% é leitor digital.

"Em suma, nosso plano consiste em revisitar as métricas de audiência do cinema e criar o fator eficácia, entendendo melhor o público e descobrindo o quanto de fato uma campanha nos cinemas é mais forte do que em outras mídias. Na Inglaterra, por exemplo, eles consideram cinco vezes mais efetiva. A ideia é criar esse laboratório e desenvolver esse estudo no Brasil", concluiu o diretor de planejamento e operações da FlixMedia.

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