Esta semana, representantes da AT&T vieram ao Brasil pela primeira vez desde a aprovação pela agência reguladora norte-americana FCC da compra da DirecTV, controladora da Sky. Ainda não foi a missão que pretende se encontrar com a presidenta Dilma Rousseff e com representantes da área econômica do governo, o que chegou a ser marcado em julho, mas acabou não acontecendo por conta do atraso na aprovação pela FCC. Agora, aguarda-se novamente uma agenda de Dilma. A missão atual foi de sondagem inicial e conhecimento do time da Sky no Brasil.
Segundo apurou este noticiário, a AT&T ainda estuda o que fará no Brasil. A primeira questão crítica é o posicionamento da empresa para os leilões de espectro de 2,5 GHz, 3,5 GHz e 1,8 GHz, previstos para o final do ano, mas o grupo norte-americano teria sinalizado aos representantes do governo que as regras atuais não incentivam uma participação mais pesada, já que, por conta das licenças da Sky na faixa de 2,5 GHz, há muitos limites à aquisição de outras faixas.
A controladora da Sky, segundo foi dito ao governo, ainda está analisando o que fazer no Brasil. Existe o interesse na Oi e na TIM, mas nada em estágio avançado. O cenário econômico assusta e o momento ruim do País, sobretudo na imprensa internacional, atrapalha a tomada de decisões. Soma-se a isso o fato de que a AT&T gastou quase US$ 50 bilhões comprando a DirecTV e mais US$ 5 bilhões no México entre a aquisição e investimentos na Lusacell e na Nextel, sem falar em leilões de espectro realizados em fevereiro nos EUA, quando gastou mais US$ 18 bilhões. O que o grupo norte-americano quer ouvir do governo brasileiro é um sinal de segurança para manter ou ampliar seus investimentos no País, ainda que a Sky, assim como toda a DirecTV Latin America, tenham se mostrado um ativo mais interessante do que o inicialmente imaginado pela AT&T. Até lá, não existe nenhuma decisão tomada sobre o que será feito, apurou este noticiário.