O Grupo Globo deu um importante passo no processo de unificação de suas diferentes competências em uma única empresa. Nesta sexta, 8, foi anunciado que TV Globo, Globosat, Som Livre, Globo.com e DGCorp serão uma empresa denominada apenas Globo.
Em comunicado, Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo, apresenta a nova estrutura e diz que ela segue algumas premissas:
- Conteúdo é nossa grande vantagem competitiva;
- A organização deve ser orientada por produtos digitais, lineares e publicitários;
- A gestão de canais e serviços deve ser separada da gestão de produção de conteúdo;
- Os negócios digitais devem ser centralizados em uma única área;
- As expertises corporativas devem ser consolidadas em centros de competências que possam influenciar e apoiar toda a empresa.
Todas as áreas podem ser agrupadas em três blocos: Centros de Resultado, Operações Core e Gestão Corporativa.
Centros de Resultado
Os Centros de Resultado representam a camada de interação com consumidores e anunciantes. São os Canais Globo (lineares), Produtos & Serviços Digitais e Soluções Integradas de Publicidade.
Os Canais Globo ficarão sob a liderança de Paulo Marinho. A área fará a gestão do portfólio de canais lineares de televisão: TV Globo e canais de TV por assinatura. A estrutura contemplará as funções de gestão de programação da TV Globo, gestão dos canais por assinatura, da relação com as afiliadas e dos negócios internacionais.
Sob Erick Brêtas, Produtos & Serviços Digitais terá como missão aumentar o número de usuários e assinantes que consomem produtos e serviços digitais da Globo e construir modelos de negócios capazes de remunerar o investimento por meio de receitas de assinatura e de publicidade. A estrutura contemplará a gestão de produtos digitais, o desenvolvimento de produtos, a gestão da jornada dos consumidores e a gestão de portfólio digital, incluindo produtos como Globoplay, Cartola, G1, globoesporte.com, Gshow e home Globo.com.
A área de Soluções Integradas de Publicidade responde a Eduardo Schaeffer
e concentrará toda a venda de publicidade dos inventários lineares e digitais. A área será responsável pela venda efetiva de publicidade para as marcas anunciantes, pelo trade marketing, relacionamento com clientes e relacionamento com agências de publicidade.
A Som Livre se mantém como unidade de negócio, beneficiando-se da tecnologia e dos diversos serviços corporativos da empresa.
Operações Core
As Operações Core englobam os centros de excelência que viabilizam os produtos e serviços. São as áreas de Criação & Produção de Conteúdo (Entretenimento, Jornalismo e Esporte), de Aquisição de Direitos e de Tecnologia.
Criação & Produção de Conteúdo fica aos cuidados de Carlos Henrique Schroder. A área proverá serviços e produtos de conteúdo exclusivo e deverá estabelecer uma relação de mão dupla com as áreas de canais lineares e de produtos e serviços digitais. Cabe a esta área atrair, desenvolver e gerir os talentos artísticos e jornalísticos da empresa.
A Aquisição de Direitos fica sob Pedro Garcia e se dedicará à negociação, aquisição e gestão de diversos tipos de direitos necessários à produção audiovisual, principalmente em esporte e entretenimento, sob demanda das áreas de produtos, serviços e de produção de conteúdo.
A área de tecnologia segue sob a liderança de Raymundo Barros, se reportando à área de Estratégia & Tecnologia. Cabe à tecnologia a missão de viabilizar a transformação em uma empresa mediatech.
Gestão Corporativa
A Gestão Corporativa envolve as atividades de proposição e alinhamento da estratégia de negócios, a gestão de recursos e ativos da empresa, o relacionamento estratégico com parceiros e a comunicação com diferentes públicos. São as áreas de Estratégia, Finanças, Jurídico & Infraestrutura, Recursos Humanos, Marca & Comunicação e Relações Institucionais.
Liderada por Rossana Fontenele, Estratégia & Tecnologia deverá construir a visão de longo prazo da empresa e garantir o alinhamento estratégico das diversas áreas a partir dessa visão. Sua atuação envolve também a estratégia de parcerias de longo prazo, gestão de investimentos, negociação de contratos de distribuição (G2C), a Tecnologia e a coordenação do Programa UMASÓGLOBO.
Marca & Comunicação segue sob Sergio Valente com a missão de garantir o posicionamento para a marca mãe, construir uma arquitetura que ajude a maximizar o valor das marcas e da empresa e oferecer serviços de comunicação e assessoria de imprensa. A área consolidará também as atividades relacionadas à pesquisa.
Finanças, Jurídico & Infraestrutura fica sob Manuel Belmar. Além de finanças e infraestrutura, inclui o Centro de Serviços Compartilhados.
Recursos Humanos se reporta a Claudia Falcão com a missão de apoiar o processo da mudança e promover o engajamento e a cultura desejada para a empresa, além de prestar os serviços de gestão de pessoas para todas as áreas.
Paulo Tonet Camargo continua à frente de Relações Institucionais, representando os interesses da empresa junto a entes governamentais e regulatórios, assim como comunicar e traduzir mudanças e diretrizes advindas desses órgãos para a empresa.
A Editora Globo, sob Frederic Kachar, mantém sua estrutura e desenho atuais, bem como o Sistema Globo de Rádio, liderado por Marcelo Soares.
Futuro
A Globo começa, agora, a etapa de detalhamento da estrutura das áreas, com a participação das lideranças envolvidas, que assumem suas novas posições a partir de janeiro de 2020. Para as áreas Canais Globo, Produtos & Serviços Digitais, Soluções Integradas de Publicidade e Marca & Comunicação, este detalhamento ocorrerá no âmbito do Programa UMASÓGLOBO, que passará a contar com Vanessa Pina como parte de sua equipe.
"Essa nova organização é um enorme avanço para viabilizar a estratégia que escolhemos. Seremos uma empresa mais ágil, mais eficiente e atuando de forma mais cooperativa na busca de resultados", disse, no comunicado interno, Jorge Nóbrega.
Veja o comunicado na íntegra.