Propriedade cruzada na TV paga

Se o edital para radiodifusão servir de modelo, como se espera, para os futuros editais de TV paga, os grupos interessados em disputar concessões de cabo e MMDS terão que avaliar muito bem quais dessas concessões são realmente indispensáveis para suas estratégias. Isso porque, segundo esse modelo de edital, quanto mais concessões o grupo controlar, mais difícil será obter uma boa pontuação no quesito que visa, justamente, a desestimular a propriedade cruzada de meios de telecomunicações. Já há grupos que estão reavaliando em seus projetos de expansão a inclusão de pequenas concessões de cabo e MMDS que poderiam, eventualmente, ser adquiridas. Além de eliminar objetivos considerados supérfluos, pelo menos três grupos garantem que encontrarão saídas jurídicas, o que inclui a criação de uma empresa diferente para controlar cada concessão. Os principais prejudicados seriam os grupos que hoje já controlam concessões de rádio e TV. Já é tão certo no mercado que esse quesito contra a propriedade cruzada virá também nos editais de TV paga e que há soluções para esse impasse, que muitas empresas sequer estão preocupadas com uma medida parecida que está no substitutivo do deputado Alberto Goldman: o deputado quer que as concessões de radiodifusão sejam levadas em consideração pela Agência Brasileira de Telecomunicações. Até agora, telecomunicações e radiodifusão eram tratadas separadamente.

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