TVs também temem interferências em 19 mil antenas profissionais de banda C

As emissoras de TV tiveram uma grande vitória no edital de 5G ao conseguirem convencer a Anatel de que o melhor modelo para os problemas de interferência do 5G na recepção dos sinais de TV aberta via parabólicas (TVRO) é a migração completa dos serviços para a banda Ku. A Anatel estabeleceu que parte do custo do edital (R$ 2,8 bilhões, segundo declarações da própria agência) serão empenhados na compra de kits para famílias do Cadastro Único que hoje utilizam a banda C para ter os sinais de TV.

Mas ainda assim, as emissoras estão preocupadas. Segundo apurou este noticiário, a Abert levou ao Tribunal de Contas da União, durante evento fechado organizado pelo TCU para discutir o leilão, a preocupação sobre as antenas de banda C usadas pelas emissoras para receber os sinais profissionais. São, segundo a Abert, 19,5 mil estações de banda C profissionais utilizadas pelas emissoras para os links de sinal entre as diferentes emissoras e retransmissoras das redes de TV. A Abert quer garantias que estas antenas estarão imunes a interferências do 5G.

Este problema está endereçado no edital: a Anatel previu a instalação de filtros nas antenas profissionais de banda C usuárias dos serviços fixos de satélite (FSS). A questão é o volume: a Anatel não tinha uma estimativa inicial de tantas estações. O prazo de cadastramento terminou no dia 1 de abril, e ainda não se sabe se todas as antenas foram cadastradas a tempo. Apenas aquelas que constam no banco de dados da Anatel receberão ações de mitigação. Quanto mais antenas cadastradas, maior o custo. O setor de satélites estimava em cerca de 30 mil antenas profissionais, que teriam um custo perto de R$ 300 milhões para receberem os filtros e realocação de canais.

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