Furukawa busca financiamento para desenvolver FTTx

Dentre os seis projetos da Furukawa para o programa Inova Telecom, o ponto em comum é a aposta da empresa no FTTx. Além do Fibermesh, uma solução de malha inteligente de rede de fibra que descobre falhas e oferece rotas alternativas automaticamente, a empresa inscreveu dois projetos em equipamento, dois de cabos e outro de software de provisionamento e gerenciamento de rede. "Em função de características do mercado, cada operadora demanda coisa diferente, e estamos buscando ter uma linha maior de produtos, colocando dois projetos em cabos com o CPqD", afirmou o vice-presidente de engenharia da Furukawa, Hélio Durigan, na conferência da empresa na Praia do Forte, Bahia, nesta sexta-feira, 9.

Ele explica que, apesar de a adoção do FTTx não ter acontecido no ritmo esperado, a ideia é ter uma solução completa para o mercado até para reverter esse quadro. Para tanto, a empresa inscreveu projetos de equipamentos PON e GPON com produção e desenvolvimento local, buscando negócios com o FITec (Fundação para Inovações Tecnológicas), uma instituição privada sem fins lucrativos credenciada ao Ministério da Ciência e Tecnologia junto ao Comitê da Área de Tecnologia da Informação (CATI). Um dos projetos é de OLT, equipamentos de extremidade de rede que fazem a conversão ótica e elétrica na casa do cliente ou na central. "Normalmente a OLT é importada, e isso tem custos. Montando no Brasil, você vai buscar benefícios da tecnologia nacional e do PPB (Processo Produtivo Básico)", detalha Durigan. "Vamos desenvolver software e outros protótipos com o FITec e a montagem é feita por empresas da região do Paraná."

Outros projetos são do software de gerenciamento de rede para data centers (DCIM), caixa de emendas e cabos com fibra com baixa sensibilidade, que permitem ser dobrados para instalação dentro de residências. Chamadas de bend sensitive, elas serão fabricadas na planta de Sorocaba após a expansão de capacidade de produção, que contou com aporte de US$ 18 milhões.

Segundo Durigan, o cronograma do Inova Telecom está dentro do prazo, com os resultados previstos para julho deste ano. "O que vai demorar é para fazer contratos, tem a parte de dinheiro, todo o tipo (de projeto) a Furukawa tem que investir 60% do valor. Tem também suporte, financiamento e muitas variáveis. É a parte mais difícil do contrato porque tem que montar um arcabouço legal", declara.

Expansão

Com atuação forte em diversos setores no Japão, a Furukawa planeja expandir seu escopo para além da TI e de telecom no Brasil. A companhia irá levantar uma segunda planta em Sorocaba, interior paulista, para fabricação de um equipamento automotivo, um chicote que com sensor para acionamento de dispositivos de segurança no veículo, como o airbag. O investimento é de US$ 2 milhões nesta primeira fase e a empresa já tem contrato com as montadoras também japonesas Honda, Nissan e Toyota. Atualmente a companhia está buscando autorizações ambientais e a produção industrial está prevista para ser iniciada em 2015.

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