A DirecTV, agora 100% controlada pela Galaxy Latin America (GLA), planeja chegar a um milhão de assinantes em quatro anos. Isso significa crescer cerca de 175 mil assinantes ao ano, ou 15 mil por mês (assumindo uma base atual de pouco mais de 300 mil usuários). Essa é a meta da empresa, definida pelos novos controladores Hughes Electronics e o grupo Cisneros, (com respectivamente 78% e 22% da GLA), depois que a Tevecap vendeu sua participação. Para atingir esse objetivo, trabalha-se com a perspectiva de investir US$ 200 milhões nos próximos anos. Esta verba vai para esforços de marketing, comercialização (sobretudo aumento dos pontos de venda), atendimento e programação. A DirecTV tem dinheiro para investir, mas ainda não apresentou uma fórmula de programação que seja totalmente diferenciada em relação aos concorrentes. Por enquanto, as metas são investir em programação nacional (não canais próprios, mas eventos especiais), campeonatos de futebol estrangeiros e esportes diferenciados, já que a maior parte do futebol nacional está sob controle da Net. Outra ação importante será a busca dos canais de TV aberta, sobretudo o canal da TV Globo, pelo qual a DirecTV briga pelo direito de retransmissão. Ironicamente, depois de ver o Sky monopolizando o direito de transmissão dos canais da Televisa (no México) e Globo (no Brasil), a DirecTV está deixando um dos principais canais abertos argentinos, o Canal 13, fora do lineup do Sky naquele país. O Canal 13 é do grupo Clarín, controlador da DirecTV na Argentina, ao lado do Cisneros. A GLA definiu que Milton Torres será, além de VP da Galaxy Latin America, o presidente da Galaxy Brasil, responsável direta pela operação brasileira. Ainda está sendo procurado um diretor geral para a DirecTV no país, assim como um diretor de IT. Paulo Octávio de Almeida continua na diretoria de marketing. Delfim Freitas (comercial) e Mário Schuster (operações) são os novos diretores já confirmados.